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Estado

A Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins (APRA-TO), através de sua Diretoria Jurídica, manifestou indignação e preocupação com os policiais militares, os quais, segundo a Apra, encontram-se fisicamente e psicologicamente abalados com as decisões que tem sido tomadas pelo comitê gestor e governador do Estado, Marcelo Miranda. 

Para a Apra, na tarde desta última segunda-feira (25) os policiais militares levaram "mais um golpe" após a notícia de que as promoções, as quais, por lei, deveriam ter sido realizadas no ultimo 21 de abril, serão unificadas e provavelmente efetivadas somente no dia 25 de Agosto, data alusiva ao Dia do Soldado. Segundo a Apra, a nota publicada no site da Polícia Militar do Tocantins, justifica que as promoções não foram realizadas na data prevista porque, segundo avaliação de impacto realizada pelo comitê gestor, o Estado não teria disponibilidade financeira. A medida provisória que define a nova data de promoções foi enviada para a Assembléia Legislativa.

Segundo a Associação, a decisão do comitê gestor e do governador do Estado "só serviu para aumentar ainda mais a desmotivação que já há algum tempo tem tomado conta da categoria militar no Tocantins. Observamos com tristeza o Estado argumentar que não tem condições financeiras para implantar justas promoções à policiais militares com 25, 26 e 27 anos de serviço prestado à sociedade e, no entanto, publicar quase que diariamente nomeações e mais nomeações no Diário Oficial", lamenta a Apra. 

A Associação informou que até hoje policiais militares com mais de 25 anos de efetivo serviço sentem os efeitos negativos de terem ficado de fora das promoções anteriores por uma diferença de 39 dias. "Senhores estes que, voltamos a enfatizar, são os homens que deixam suas famílias em casa para patrulharem dia e noite as ruas do nosso Estado e protegerem as famílias dos cidadãos civis, superando a falta de estrutura, carga horária excessiva, entre outras problemáticas que assolam a PMTO", frisou. 

A Apra lamenta que, mesmo diante do cenário "de clara desvalorização do policial militar, o Estado "simplesmente" decide unificar as datas de promoções. "Visto que antes, mesmo estabelecidas duas datas, já não conseguia resolver a questão. Agora, querem que o militar acredite que o impasse será resolvido com apenas uma data. Da mesma forma que mudaram a data do pagamento, da mesma forma que parcelaram a data base e o seu retroativo e não cumprem o reembolso, da mesma forma que descontam os consignados e não repassam para as instituições financeiras, o adiamento e a unificação das datas de promoções representam mais um grande prejuízo para a categoria militar". 

A Associação dos Praças Militares do Estado do Tocantins ainda lamentou a falta de diálogo com as instituições militares, "as quais tomam decisões de forma unilateral e às entidades representativas só é dado direito de conhecimento através da imprensa. Foi lastimável a forma como tentaram encobrir a questão das promoções anunciando a publicação do edital do concurso da PMTO também para o dia 25 de agosto. Tal ato foi injusto e desrespeitoso no que tange aos militares. Como consequência das atitudes adversas e desprovidas de integridade deste governo, agora temos mais de 900 policiais militares em busca de tratamento psicológico, outros tantos prestes a darem entrada em suas aposentadorias e aqueles que, apesar de tudo, ainda estão nas ruas, experimentam a amarga sensação de terem sua auto estima cada vez mais próxima do fundo do poço", lamentou.