Segundo um mapeamento do Sistema de Informações em Economia Solidária (Sies), da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SNES), órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as mulheres integram 43,56% dos 19 mil empreendimentos pesquisados. Desse total, 56,25% dos empreendimentos são coordenados ou dirigidos pelas mulheres.
Um exemplo da força para empreender de forma associativista, pelas mulheres, está em Xambioá (TO), onde a produção de biojoias se tornou um negócio de sucesso por meio do projeto Xambiart, formado por 20 mulheres da região do Alto Bonito. O projeto de economia solidária cresceu a tal ponto nos últimos anos que avançou para a construção de uma Casa do Artesanato. As obras já começaram e o espaço deve ser inaugurado ainda em 2016.
Com a abertura de uma sede própria, a Cooperativa das Artesãs de Biojoias de Xambioá (COOABX) espera ampliar a produção e o comércio de biojoias e artesanato. O sonho de estabelecer o próprio negócio foi viabilizado em 2013 pelo Programa ReDes, uma realização do Instituto Votorantim, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Votorantim Cimentos. O Programa auxilia na estruturação de projetos de economia solidária, em todo o País, que demonstrem potencial para gerar, por meio de iniciativas sustentáveis, emprego e renda para as comunidades locais.
Em Xambioá, em pouco tempo de execução do projeto de biojoias, as mulheres da COOABX demonstraram empreendedorismo, criatividade e conquistaram clientes no Brasil e também no exterior. A coordenadora do Conselho Comunitário de Xambioá e uma das cooperadas da COOABX, Marivalda Martins Borges, afirma que o envolvimento das mulheres no projeto trouxe credibilidade para que a cooperativa conseguisse obter outros parceiros para continuar a evoluir. “Com a construção da Casa do Artesanato, iremos trabalhar mais confiantes e motivadas. Poderemos direcionar o dinheiro do aluguel para investimentos que possibilitem aperfeiçoarmos nossas habilidades, além de aplicarmos em outras melhorias que contribuam para produzirmos com mais qualidade”, disse.
Casa do Artesanato
Para construir a Casa do Artesanato, a Cooperativa das Artesãs de Biojoias de Xambioáse inscreveu em um edital do Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS/Fundo Amazônia), promovido pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN). Aproximadamente R$ 78 mil estão sendo investidos na construção do prédio. Junto com o financiamento obtido com o PPP-ECOS/Fundo Amazônia, a COOABX também constrói a sede própria com recursos do Prêmio BNDES de Boas Práticas de Economia Solidária, conquistado em julho de 2015.
A estrutura contará com uma área para beneficiamento dos produtos utilizados na produção de biojoias e artesanato, como barro, argila, coco e palha. A Casa do Artesanato terá ainda almoxarifado, espaço administrativo e uma miniloja, o que facilitará a exposição e a venda dos produtos.
Atualmente, são fabricadas aproximadamente cinco mil peças por mês, que são comercializadas para o varejo local e também para comerciantes e designers de outros estados brasileiros, que conhecem as peças por meio da participação das artesãs em feiras e eventos de todo o País e no exterior. Para facilitar ainda mais a geração de emprego e renda na região de Alto Bonito, além das cooperadas da COOABX, pessoas que não fazem parte da cooperativa também terão acesso à Casa do Artesanato, por meio da formalização de um termo de cooperação, para que possam expor suas peças.
Sobre a Votorantim Cimentos
Presente no negócio de materiais de construção (cimento, concreto, agregados e argamassas) desde 1933, a Votorantim Cimentos é uma das maiores empresas globais do setor, com capacidade produtiva de 55 milhões de toneladas de cimento/ano. A Votorantim Cimentos possui unidades estrategicamente localizadas próximas aos mais importantes mercados consumidores em crescimento e está presente em 14 países: Brasil, Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Índia, Marrocos, Peru, Tunísia, Turquia e Uruguai.