Com a ajuda do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), da Guarda Metropolitana Ambiental e do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) um casal de araras recebe uma segunda chance. Moradores das quadras 706 e 806 sul solicitaram o resgate das aves, que estavam circulando pela quadra, ambas, aparentemente domesticadas, estavam magras e famintas.
Foram necessárias várias tentativas para concluir a operação de captura do casal, pois ao perceberem a aproximação, as duas aves que estão com as asas em perfeito estado, voavam, se deslocando para lugares altos, como fios da rede telefônica e árvores.
Com base no comportamento das araras, a médica veterinária e supervisora de fauna do Naturatins, Grasiela A. Pacheco, acredita que esses pássaros estavam sendo mantidos em cativeiro, podendo ter sido colocados em liberdade, por soltura de alguém que desconhece o procedimento necessário à reintegração da espécie na natureza, ou por fuga, uma vez que as aves não sabiam como se comportar. “Da forma como foi encontrado, o casal de araras estava sujeito a todo tipo de perigo, como ataques de cães, choques em cerca elétricas, pedradas de pessoas que se assustam e até mesmo, de ações de traficantes de animais”, pontuou a supervisora.
Grasiela informou ainda, que as araras estão se recuperando bem e foram encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Araguaína, onde estão seguras e serão reabilitadas com a alimentação adequada para, o mais breve possível, retornarem ao convívio na natureza. “Precisamos admirar estas lindas aves em seu ambiente natural. Retirar o direito de liberdade, alimentação saudável e principalmente da perpetuação da espécie é um crime cruel. As aves são importantes dispersoras de sementes e ajudam a manter o cerrado em pé”, afirmou a veterinária.
As araras possuem um bico potente, que lhes permite o consumo de coquinhos, frutos e sementes resistentes, diferenciando-se de outras aves e tem uma contribuição de maneira singular, no equilíbrio do meio ambiente.
Entrega Voluntária
Não há penalidades para pessoas que, por iniciativa própria, decidam entregar animais silvestres aos órgãos ambientais. Para obter informações, auxílio ou registrar uma denúncia no canal totalmente sigiloso, basta telefonar para a Linha Verde no 0800 63 1155, que também funciona nos finais de semana.