Ao participar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia do Futebol, nessa terça-feira, 7, o presidente da Comissão do Esporte na Câmara dos Deputados, deputado federal César Halum (PRB-TO), fez duras críticas à Federação Tocantinense de Futebol.
Halum afirmou ter recebido várias denúncias, incluindo a suspeita de manipulação de resultados. “Recebemos acusações graves sobre a federação do meu Estado, inclusive sobre a escolha de qual time se classifica ou se torna campeão. Tudo isso precisa ser severamente apurado”, disse. Na reunião, um requerimento de autoria de Halum foi aprovado por unanimidade pelo colegiado e, com isso, no prazo de 15 dias, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deverá encaminhar à CPI a enumeração de funcionários e seus respectivos salários desde 2006.
A CPI também apreciará na próxima semana outro requerimento de autoria do republicano solicitando à CBF a relação e comprovação dos repasses financeiros mensais e convênios com todas as federações estaduais de futebol do Brasil nos últimos 25 anos.
“O futebol é a paixão do brasileiro. Os grandes patrocinadores investem muito dinheiro com os times e o público lota os estádios para acompanhar seus times preferidos. O Brasil precisa dar uma explicação sobre toda essa movimentação financeira. É ruim para a nossa imagem ver brasileiros condenados no exterior enquanto, nós, aqui, mesmo estando tão próximos, não sabemos o que acontece”, asseverou o republicano.
A CPI
A CPI investiga as denúncias de crimes cometidos por dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa), entre eles o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF. Juntamente com outros seis cartolas, Marin foi detido em maio do ano passado na Suíça, mas hoje cumpre prisão domiciliar em Nova York.
Investigação feita pela Justiça dos Estados Unidos aponta a existência de um esquema mundial de propinas e subornos relativo à comercialização de jogos e direitos de marketing de competições de futebol.