Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa (AL), esta semana, o deputado estadual Elenil da Penha (PMDB) se disse assustado com os recentes casos de violência no Tocantins e cobrou dos órgãos de segurança pública uma resposta mais enfática para o aumento da criminalidade. “Tenho acompanhado com preocupação e apreensão a crescente onda de violência em nosso estado. Da menor a maior cidade, todas enfrentam problemas de segurança. São homicídios, assaltos, estupros, arrastões e ataques a instituições financeiras. Os tocantinenses aguardam por providências e elas têm de ser tomadas logo. Não basta promover ações emergenciais. O combate deve ser feito de forma permanente e com a atuação conjunta de todas as instituições”, afirmou o parlamentar.
Elenil citou o caso de uma escola pública, em Araguaína, que foi alvo de um arrastão e teve um de seus alunos baleado por criminosos. “A criminalidade tem adquirido proporções alarmantes. Nem mesmo dentro da escola as pessoas estão protegidas. Prova disso é o fato ocorrido no último dia 7, em Araguaína. Assaltantes invadiram uma escola estadual, no setor Jardim Paulista, roubaram professores e alunos e numa demonstração de frieza e covardia, atiraram contra um dos estudantes. O jovem, de 19 anos, foi atingido por um tiro nas costas e corre o risco de sofrer sequelas”, informou o deputado.
Ao fazer uma reflexão sobre a violência nos dias atuais, o parlamentar argumentou que, embora indispensável, o investimento em repressão é apenas uma das muitas medidas que devem ser tomadas. “Está mais do que provado que a repressão, isoladamente, não é eficaz no controle da delinquência. O delito é um fenômeno complexo e, como tal, deve ser analisado levando em conta vários aspectos. A despeito das inúmeras teorias, a questão principal é: qual a forma mais eficiente de reduzir a criminalidade? A meu ver, o melhor caminho é a prevenção. Previne-se a prática delituosa ao impedir que as pessoas entrem para o mundo do crime. Como evitar que isso aconteça? Entre outras ações, garantindo a todos, direitos básicos como saúde, moradia, trabalho e, principalmente, educação”, concluiu Elenil.