O presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, Osires Damaso (PSC), concedeu entrevista ao Conexão Tocantins na manhã desta quinta-feira, 23 de junho e afirmou estar confiante na sua reeleição ao cargo de presidente da Casa de Leis do Estado. O mandato de Osires segue até fevereiro de 2017, porém, a eleição para a nova mesa diretora da Casa será antecipada e acontece no próximo dia 8 de julho.
O intuito da antecipação, segundo Osires, é não gerar confronto com as eleições municipais. “Para que seja antes das eleições. Por mim voltaria a ser dia 1° de fevereiro, novamente mas, como precisa passar pelo plenário, a maioria entendeu que não fizesse nenhuma alteração. Inclusive tem um projeto do deputado Ricardo Ayres (PSB) para poder voltar para o dia 1° de fevereiro, mas a partir da próxima legislatura”, disse.
Questionado sobre informações de bastidores que dão conta de sua pretensão à reeleição para a presidência da mesa diretora, no intuito de se posicionar na linha sucessória do Governo do Estado, pensando na possibilidade de uma eventual cassação do mandato do governador Marcelo Miranda (PMDB), Osires rebateu e disse que a informação não passa de especulação. “Realmente é uma especulação. Nunca falei isso, não pretendo e não moverei uma palha para poder chegar ao poder dessa forma. A minha pretensão é para 2018, do meu trabalho, é uma candidatura de deputado federal. Isso como sempre faço, de maneira aberta para todos os meus companheiros. Não tenho prática de fazer política fazendo jogadas e tentando usar as pessoas de escada. O meu projeto é aberto”, sustentou.
O parlamentar disse ainda estar conversando com os deputados para que sua reeleição seja concretizada com sucesso. “É uma eleição complexa, diferente de uma eleição popular, pois é eleição de líderes. Estou conversando tentando buscar o apoio da maioria. Vamos trabalhar até a última hora tentando buscar a maioria e estou confiante que vamos alcançar”, afirmou.
Eleições municipais 2016
Osires é presidente estadual do Partido Social Cristão. Segundo ele, o PSC deve ter cerca de 20 candidatos concorrendo as eleições municipais deste ano. “Estamos trabalhando para poder fortalecer e ter o máximo de prefeitos possíveis, vice-prefeitos e vereadores. Hoje nós temos aí mais de 30 pré-candidatos, sabemos que alguns terminam não conseguindo consolidar sua candidatura por não ter boa composição, mas nós esperamos aí quase 20 candidatos a prefeito”, afirmou.
Em Palmas, o vereador pastor João Campos é o candidato a prefeito pelo partido. Seu nome foi formalizado em evento na AL com a presença do deputado federal Jair Bolsonaro, uma das lideranças conservadoras mais proeminentes do País.
Em Paraíso do Tocantins, segundo Osires, o nome para concorrer à gestão do município é o vice-prefeito, Ary Arraes que deverá manter a composição na chapa encabeçada pelo prefeito Moisés Avelino (PMDB) que é o atual prefeito e deve concorrer à reeleição.“Nós pretendemos concorrer com ele”,frisou Osires Damaso.
Gasto de R$ 15 milhões
No ano de 2015, de acordo com dados divulgados pela imprensa, a Assembleia Legislativa do Tocantins gastou R$ 15 milhões em publicidade. Questionado sobre as justificativas para o gasto de tal montante, comparado a gastos como o da Prefeitura da Capital que gastou R$ 10 milhões, o presidente da AL, Osires Damaso disse tratar-se de "gasto diferenciado".
Segundo Osires, o gasto da Prefeitura de Palmas é local e o da Assembleia envolve todo o Estado. “Na gestão (da AL) nunca ouve tanta audiência pública discutindo com a população as questões do Estado do Tocantins. O cidadão, a cidadã, no seu dia a dia trabalhando, se ele não tiver informação ele não sabe nem se a Assembleia existe e nem dos seus direitos. Nós fazemos uma mídia bem pulverizada”, afirmou.
Osires disse que a despesa com custeio com diárias reduziu drasticamente na AL. “O custeio da Assembleia tem reduzido. Um Estado tão grande como é o Tocantins com apenas 139 cidades e o bem estar, as vezes a gente para poder fazer uma ação, o custo é maior”, explicou.
Osires conclui que a Assembleia do Tocantins é “a mais enxuta do Brasil. É a que menos gasta, com orçamento enxuto, porém, as vezes olhamos só para os números que foram gastos achando que é muito mas comparando a qualquer outro estado vai ver que o gasto da Assembleia Legislativa é irrisório”, concluiu.