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Para Paulo Mourão, é preciso esclarecer e fazer enfrentamento quanto a atual situação do Estado

Para Paulo Mourão, é preciso esclarecer e fazer enfrentamento quanto a atual situação do Estado Foto: Divulgação

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Com a presença de servidores do Estado em greve nas galerias da Assembleia Legislativa do Tocantins nesta terça-feira, 23 de agosto, deputados manifestaram apoio aos grevistas. O presidente da Casa, Osires Damaso (PSC), disse estar preocupado e lançou questionamento sobre o aumento de arrecadação no Tocantins. “Só fica uma pergunta: Esse aumento de arrecadação, que foram nove deputados, que sofremos o desgaste para dar para o governo uma arrecadação melhor, aonde está esse dinheiro? É a grande pergunta”, questionou.

Osires Damaso informou que não tem acesso ao gabinete do Governo do Estado e sugeriu medida para conter gastos. “Chame os servidores efetivos, faça um pacto com eles para que eles possam assumir as suas responsabilidades, se desdobrando o quanto for preciso para que o Governo do Estado demita os servidores que são contratados e depois que normalizar tudo ele volte a contratar os servidores”, frisou. 

O governista Paulo Mourão (PT) disse na tribuna que a situação do Estado causa desesperança. “Nos causa um pouco de desesperança vermos um Estado que com menos de 28, 29 anos de emancipação política partidária, administrativa, já vive um estado de falência dos seus recursos, aonde a sociedade trabalhadora precisa se manifestar em greves anuais para poder concretizar legalmente o que é de direito da classe trabalhadora pública desse Estado”, disse.

Para Mourão é observado no Brasil uma situação de “quebradeira” dos estados mas a culpa não é dos servidores. “Uma situação de vários governos sem poder pagar os seus funcionários públicos e a gente fica a perguntar como que haverá de ter solução. Problemas que não tem a mínima responsabilidade do trabalhador, a falência dos estados, a não ser a má gestão dos seus gestores", afirmou. 

Mourão propôs convite aos sindicatos em greve para que, numa comissão ampla e com a presença de representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Conselho de Economia, dos Contadores, para realização de estudo "profundo" nas finanças do Tocantins. "Para que possamos sugerir ao governo as prioridades porque o servidor precisa ser prioridade", frisou. 

Para Mourão, é preciso esclarecer e fazer enfrentamento quanto a atual situação do Estado. "Porque nos causa vergonha a cada momento servidores em greve, faltando médicos, faltando condições de segurança, de Educação, no Estado mais novo dessa Federação. É uma vergonha ver isso acontecer nesse Estado e os ladrões que roubam o dinheiro público aí a fazer discursos ainda belos, sem nenhuma punibilidade, com os recursos que foram desviados dos cofres públicos desse Estado. É preciso respeito à sociedade, é preciso respeito ao trabalhador", desabafou. Segundo Mourão, a realidade do Tocantins precisa mudar. 

No Tocantins, as categorias da Saúde, Educação e Quadro Geral estão em greve, reivindicando o pagamento da data-base de 2016 e o pagamento dos retroativos de 2015