Uma estudante de 9 anos de idade, aluna do 4° ano no Colégio Adventista de Gurupi, sofreu um acidente de carro e por causa de ferimentos, precisa usar máscara para que a pele não fique exposta ao sol. A professora da estudante, educadora Andreia Ramalho dos Passos Neves, contou ao Conexão Tocantins nesta quarta-feira, 24, que teve receio quando a aluna chegou no colégio, que ela sofresse alguma rejeição e bullying e foi aí que teve a ideia, juntamente com os outros estudantes, de confeccionarem máscaras em apoio. "Não planejei nada e foi algo tão simples. Fiquei preocupada dela sofrer alguma rejeição, mas foi tranquilo porque ela teria que descer para o recreio só ela com a máscara e estão descendo todos", contou.
Segundo Andreia, no primeiro momento, a única coisa que vinha na mente era: "Vamos fazer algo de bom! Minha ação foi pegar e cortar as máscaras", disse. Andreia Ramalho é educadora há 19 anos e trabalha no Colégio Adventista de Gurupi há dois anos. Segundo a professora, os alunos usam as máscaras todos os dias, no horário do recreio e nas aulas de Educação Física. Para a educadora, o gesto simples e a pureza das crianças é encantador. "Nós observamos aquele gesto simples, sem cobrança, uma forma de amor e de carinho, de amizade pela coleguinha deles", afirmou.
O Colégio Adventista de Gurupi fez uma publicação no Facebook, no dia 18 de agosto, contando um pouquinho do caso e com fotos dos alunos com as máscaras. Já são mais de 17 mil curtidas, 5 mil compartilhamentos e mais de 1.000 comentários. "O Colégio Adventista de Gurupi é excelente! Todos são respeitados e o sentimento de amor ao próximo é praticado diariamente. Parabéns aos alunos, professores e à direção. Um mundo melhor se faz com atitudes como essa!", comentou um internauta. Outra internauta disse que as crianças estão dando show de inclusão. "Essas crianças estão dando um show de aceitação às diferenças, inclusão! Aliás, as crianças em geral lidam muito bem com isso. Somos nós, adultos, que precisamos aprender com essas lições!", comentou.
A professora Andreia disse que jamais esperava a repercussão que o caso está tendo. "Hoje é importante essa parte do amor ao próximo. O mundo é tão cheio de coisas ruins, de violência e quando há um gesto assim as pessoas acham estranho, mas para as crianças que tem essa pureza é normal", disse. A educadora contou que a estudante se sente incluída e que na primeira aula, recebendo o apoio dos colegas, disse à professora: "Tia, foi a melhor aula que já tive!".
O nome da criança e mais detalhes dos acidentes não serão revelados pois, de acordo com Andreia, a família prefere não divulgar.