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Polí­tica

Foto: Divulgação

O deputado estadual Paulo Mourão (PT) reuniu-seno final da tarde dessa quarta-feira, dia 31, com representantes do Sintet, Sisepe, Singtras e Sicideto que fazem parte do movimento grevista dos servidores estaduais, com o intuito de chegar a um entendimento com os classistas a respeito data da Audiência Pública com os secretários de Estado, proposta por Mourão.

“Entendemos que os representantes dos movimentos grevistas estão apreensivos e querem dialogar com o governo para chegar a um entendimento. É preciso abrir um canal de diálogo para haver esse acordo. O que eles estão reivindicando são direitos adquiridos”, afirmou Paulo Mourão que na semana passada propôs,  por meio de requerimento, que os secretários de Estado da Administração, Planejamento, Fazenda e  Governo viessem à Casa de Leis nesta quinta-feira, dia  1º, a fim de esclarecer a real situação financeira do Estado e apresentar uma solução para o fim da greve.

A audiência acabou sendo adiada porque os secretários alegaram já terem outros compromissos agendados. Já durante a sessão da tarde desta quarta-feira foi colocado em votação outro requerimento, em regime de urgência, do deputado estadual Eduardo Bonagura já convocando os secretários para comparecerem na terça-feira, dia 6, para prestar esclarecimento aos sindicalistas. No entanto, durante a sessão os deputados anunciaram que os secretários pediram para que a audiência fosse adiada para semana seguinte, especificamente para o dia 14, a fim de que os representantes do governo se preparem melhor para fazer as explanações.

Mourão foi até os presidentes de sindicatos conversar sobre a nova data proposta. Ele observou que na terça-feira como será véspera de feriado correria um grande risco de não ter a presença maciça dos deputados. O presidente do SISEPE-TO, Cleiton Pinheiro confirmou que após falar com Mourão e analisar o calendário da audiência marcada para o dia 6, observou que tem um feriado no meio da semana, o que pode levar à falta de quórum. “Chegamos a um entendimento com as entidades que no dia 14 será ideal para fazer a audiência pública, para que depois o governo venha argumentar que não pôde comparecer a audiência por questões de prazos”, avaliou.

Segundo Cleiton, outro ponto que foi colocado por Mourão é que os secretários poderiam vir à audiência sem ter preparado uma proposta que não seja de interesse da categoria. “O parlamentar no momento ligou para o secretário de Planejamento, David Torres que fez o compromisso de que estaria apresentando uma proposta para os sindicatos até antes da audiência pública para começar a tratativa”, revelou.

“Então isso fez com que as entidades entendessem que essa mudança de data do dia 6 para o dia 14 fosse melhor, uma vez que até lá o governo terá condições de apresentar uma proposta”, destacou. Cleiton lembrou que até então o governo não havia se manifestado publicamente sobre uma proposta.

Já o presidente do Sintet, José Roque, disse que a categoria vai continuar a greve até que se tenha uma proposta plausível numa avaliação do conjunto das categorias. “Esperamos que a audiência traga um cenário diferente no desenrolar das negociações, porque o que trava é a falta de diálogo do governo com os trabalhadores”, analisou. “Se a Assembleia faz uma intermediação onde o governo dialoga com as categorias isso irá trazer um novo cenário para o processo de negociação”, acredita.

Já o presidente do Sintras, Manoel Miranda, disse que chegaram a um entendimento que é melhor aguardar para o dia 14, desde que neste dia seja apresentada uma proposta. “Vamos discutir as finanças do Estado, colocar em pratos limpos, mas que seja também apresentada uma proposta para a categoria”, reforçou.