Em entrevista ao Conexão Tocantins na manhã desta terça-feira, 6, o perito e superintendente da Polícia Científica do Estado do Tocantins, Gilvan Nascimento Noleto, passou algumas informações sobre o caso jornalista Mateus Júnior que está desaparecido desde o último sábado, 3 de setembro. Uma delas é que não foi encontrado vestígio de sangue na casa do jornalista.
A perícia esteve nesta última segunda-feira, 5, na casa de Mateus Junior e fez levantamento investigativo com o equipamento gerador de luz forense, no sentindo de averiguar se haveria sangue no local. Gilvan esteve juntamente com equipes de perícia na casa do jornalista. "Fizeram comunicado para nós apenas para crimes contra o patrimônio, aí eram três equipes de plantão: de crime contra o patrimônio, equipes de crimes contra vida e equipes de crimes de trânsito. Tão logo tomei conhecimento, que olhei, que vi a situação comecei a ficar desconfiado de algumas coisas. Falei: 'doutor Jeter (delegado de polícia), acho que o senhor pode começar a investigar pela linha de crimes contra a vida", afirmou.
Segundo Gilvan, sentiu-se a falta de alguns objetos na casa do jornalista, sendo um deles uma televisão. "Como vi os cabos da televisão cortados, vi uma faca no local e produtos de limpeza no chão, então eu fiquei desconfiado e pedi que a nossa equipes de crime contra a vida fosse ao local também reforçar os trabalhos", disse Gilvan Noleto. O superintendente ainda informou que a casa estava "muito bagunçada" e foram encontrados copos quebrados e latas de cerveja pela casa do jornalista. "Havia sinais de que haviam bebido, havia copos quebrados, havia cerveja derramada pelo chão, latas de cerveja na piscina, então, assim, típico de quem estava se divertindo", informou.
Gilvan disse estar esperançoso. "A gente constatou alguns detalhes que não convêm dizer, encaminhamos para laboratório para análise, mas não era sangue. E estamos esperançosos, otimistas, querendo que ele esteja vivo, mas não podemos dizer mais do que isso. Uma investigação que era de crime de patrimônio passou a se aprofundar mais buscando todas as linhas, mas passou a focar mais no aspecto do crime contra a vida", sustentou.
Jeter Aires Rodrigues foi o delegado plantonista do caso que foi transferido para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), aos cuidados do delegado João Sérgio Kenupp. "Estão investigando com cautela, com profundidade. Nós da Polícia Científica, peritos, papiloscopistas, fizemos a nossa parte a agora estamos aguardando resultados do nosso laboratório para passar mais informações ao delegado", disse o superintendente Gilvan Noleto.
O superintendente da Polícia Científica do Tocantins, Gilvan Nascimento Noleto, ainda informou que a Polícia Científica pediu isolamento da casa de Mateus Júnior. "Preferimos pedir para manter o local isolado, ninguém arrumasse nada até segunda ordem para que a investigação possa fluir um pouco mais", informou. Segundo ele, as portas da casa de Mateus estavam abertas e os portões trancados.
Veículo
O carro de Mateus Júnior, um Honda City, cinza, modelo 2009, que também estava desaparecido, foi encontrado na manhã de hoje, 6. O veículo estava abandonado próximo ao terminal rodoviário de Porangatu (GO). (Matéria atualizada às 15h02min)