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Estado

No período de 16 a 22 de outubro, a Coordenação do Projeto Rondon e os professores rondonistas estarão no Estado do Tocantins para a viagem precursora da Operação “Tocantins”. Nesse período, os professores rondonistas receberão diversas orientações e irão aos municípios em que trabalharão durante a operação para conversar com os prefeitos e secretários municipais e as lideranças locais, com os objetivos de fazer os ajustes necessários em suas propostas, buscando atender às reais necessidades das cidades, e verificar junto às prefeituras os locais de alojamento, alimentação e realização das oficinas durante a operação.

De acordo com o último censo demográfico brasileiro do IBGE, divulgado 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado do Tocantins é  de 0,699, ficando na 14ª posição entre os estados brasileiros. Segundo o IBGE, o Mapa de Pobreza e Desigualdade mostra um índice de 41,28% de incidência de pobreza no estado.

O número de famílias residentes em domicílios particulares era de 372.134 famílias em 2010, sendo 299.165 na área urbana e 72.969 na zona rural. As diferenças entre zonas urbana e rural também são evidentes. Em 2005, o estado do Tocantins apresentava um índice de exclusão social de 25,97% quando analisada a população urbana. Quando a população rural foi analisada, o mesmo índice chegou a 58,19%. Neste mesmo ano, 40,35% da população urbana vivia com até dois salários mínimos, já nas áreas rurais esse percentual foi de 61,21.

De acordo com o censo demográfico de 2010, aproximadamente 50% da população das cidades contempladas na Operação Tocantins encontrava-se em situação de pobreza. Além disso, vemos que um número considerável de famílias recebem o benefício de superação da extrema pobreza, o que significa viver com uma renda inferior a R$ 77,00 per capita por mês, caracterizando situação de carência na região.

O Estado já recebeu o Projeto Rondon outras 6 vezes.

A Operação “Tocantins”

A Operação “Tocantins” será realizada de 20 de janeiro a 5 de fevereiro de 2017, contemplará 16 municípios do Estado do Tocantins e terá como Centro Regional a cidade de Palmas.

Cada município receberá 20 voluntários de duas Instituições de Ensino Superior (IES). A intenção é fazer com que, desde o primeiro momento, as equipes aprendam a trocar experiências e informações, de modo a integrar sua forma de atuação.

Ainda participará da Operação uma equipe de Comunicação Social da Universidade do Vale do Itajaí, com o objetivo de divulgar as atividades desenvolvidas pelas demais equipes, dando maior visibilidade as ações sociais realizadas pelos rondonistas e divulgando o Projeto Rondon como ferramenta de integração nacional.

Durante a operação, os rondonistas realizarão diversas atividades sobre os temas de comunicação, saúde, cultura, educação, meio ambiente, trabalho, tecnologia, produção, direitos humanos e justiça. Os estudantes trabalharão, prioritariamente, com agentes multiplicadores, tais como funcionários das prefeituras, professores, agentes de saúde e lideranças locais, o que permitirá maior retenção e disseminação dos conhecimentos a serem transmitidos por eles.

Os rondonistas conduzirão, dentre outras atividades, gincanas culturais, teatro de fantoches, palestras sobre direitos do cidadão, das mulheres e das crianças e adolescentes e oficinas sobre construção de banheiro ecológico, educação ambiental, descarte de óleo de cozinha, tudo com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população.

Assim, 330 estudantes e professores universitários, de 33 IES trocarão o período de férias escolares pela chance de realizar, de forma voluntária, ações que contribuem para o desenvolvimento sustentável e ampliem o bem-estar de comunidades carentes, promovendo o desenvolvimento social e a melhoria na qualidade de vida em municípios do estado do Tocantins, por intermédio de ações que visam o intercâmbio de conhecimento entre as comunidades, estudantes e professores universitários.

O Projeto Rondon

Em julho de 1967, foi realizada a Operação Piloto, ou Operação Zero, que contou com a participação de 30 alunos e 02 professores universitários da Universidade do Estado da Guanabara, hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro, da Universidade Federal Fluminense e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Durante 28 dias, os Rondonistas realizaram trabalhos de levantamento, pesquisa e assistência médica no Território de Rondônia.

No entanto, o Projeto Rondon teve suas atividades encerradas no ano de 1989, retornando somente em janeiro de 2005, na cidade de Tabatinga, no Amazonas.

O Projeto Rondon é uma ação governamental que, em parceria com as Instituições de Ensino Superior, visa a somar esforços com as autoridades municipais e as lideranças comunitárias, a fim de contribuir com o desenvolvimento local sustentável e na construção e promoção da cidadania.

Dessa forma, prioriza desenvolver ações que tragam benefícios permanentes para as comunidades, principalmente as relacionadas com, a melhoria do bem estar social e a capacitação da gestão pública. Busca, ainda, consolidar no universitário brasileiro o sentido de responsabilidade social, coletiva, em prol da cidadania, do desenvolvimento e da defesa dos interesses nacionais, contribuindo na sua formação acadêmica e proporcionando-lhe o conhecimento da realidade brasileira.