Policiais Civis da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema) comandados pelo delegado Vinícius Mendes de Oliveira deflagraram nessa quarta-feira, 9, em Pium, uma operação de combate a caça predatória, a qual resultou na apreensão de duas armas de fogo, grande quantidade de munição, bem como 75 kg de carne de animais silvestres abatidos sem autorização.
Conforme o delegado Vinícius, no final do mês de setembro de 2016, o Ministério Público do Estado do Tocantins (MPE) encaminhou a Dema, algumas fotos extraídas de redes sociais, mostrando três pessoas praticando a caça predatória de jacarés, emas, cobras e veados, todos animais da fauna silvestre.
A partir destas informações os policiais da Delegacia Especializada deram início às investigações, que apontaram Luis F. B. A., 20 anos; Renato C. C., 20 anos e João P. F da C. N., 18 anos, como os principais suspeitos pelo crime. Os indivíduos foram ouvidos, pela autoridade policial, mas não apresentaram as armas, que teriam sido utilizadas para a prática do crime.
Diante disso, o delegado responsável pela Dema representou, junto ao Poder Judiciário, por um mandado de busca e apreensão na fazenda onde a caça predatória teria ocorrido e, após o deferimento da medida pelo juiz da comarca de Pium/TO, Dr Jorge Amâncio de Oliveira, na de quarta-feira, policiais civis da Dema com o apoio de policiais civis da DEIC/Palmas/TO cumpriram a referida medida judicial.
Na sede da fazenda, os policiais civis localizaram duas armas, sendo uma espingarda calibre 12 e um rifle calibre 22, bem como farta munição: 283 (duzentos e oitenta e três) munições intactas de calibre .12, 19 (dezenove) munições intactas de calibre .38, 52 (cinquenta e duas) munições calibre .22, 12 (doze) capsulas deflagradas de calibre .12, 01 (um) cartucho deflagrado de calibre .762 e 02 (dois) cartuchos deflagrados de calibre .22.
Em continuidade às buscas, os agentes localizaram e apreenderam, em um freezer da fazenda, aproximadamente de 75 Kg de carne de caça já abatidos, provavelmente carne de veado e anta. Os agentes também encontraram, às margens de um rio que corta a propriedade, várias carcaças de animais silvestres.
Ainda segundo o delegado, há fortes indícios de que a propriedade rural vinha sendo utilizada para a prática de caça ilegal. “Pela quantidade e pluralidade de munições encontradas, os apetrechos apreendidos, bem como a quantidade de carne refrigerada acredita-se que no local sejam corriqueiras a prática da caça predatória de animais silvestres”, ressaltou o delegado.
Diante das evidências, Luís, Renato e João foram indiciados e responderão processo por caçar espécime da fauna silvestre sem a devida licença competente e porte ilegal de arma de fogo.