Na última sexta-feira, 11 de novembro, aconteceu na Embrapa Pesca e Aquicultura reunião de trabalho do projeto "Conhecimento e adaptação tecnológica para o desenvolvimento sustentável da pesca artesanal no rio Araguaia (TO)". Liderado pela Embrapa, ele conta com diversas parcerias e vem trabalhando junto a comunidades pesqueiras do lado tocantinense do Araguaia.
A reunião fez um balanço do primeiro ano do projeto. Neste período, foi realizado um diagnóstico: "foi a etapa em que a gente construiu um patamar tecnológico. Nós fomos a campo, 14 municípios, 15 comunidades, 10 meses de trabalho campos intensos, mais de 10.000 km rodados", conta Adriano Prysthon, pesquisador da Embrapa e líder do projeto.
A fase, agora, é de estudar os dados levantados nas reuniões realizadas nas colônias de pescadores e nas aldeias indígenas visitadas. Para o próximo ano, o objetivo é realizar algum tipo de intervenção numa dessas comunidades, tentando aprimorar a maneira como é praticada a pesca. Seja através de tecnologias que podem ser adotadas pela comunidade, seja por meio de capacitação ou outro tipo de atividade, sempre com a atuação efetiva dos próprios pescadores.
A experiência do projeto poderá ser replicada em outras regiões, naturalmente com ajustes necessários. Adriano explica que "a pesca artesanal no Brasil, como um todo, é muito semelhante em termos de demandas. As demandas são muito parecidas, muito semelhantes. O que muda são as prioridades". Segundo ele, "esse é um projeto piloto. Na medida em que nós tivermos resultados positivos, essa metodologia, essa forma de abordagem, sem dúvida alguma pode ser replicada não só no estado do Tocantins, mas pra outros locais do país onde possui pesca artesanal".
Estavam na reunião discutindo o primeiro ano do projeto representantes de diversas instituições, além da Embrapa: Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro); Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins (Ruraltins); Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins); Superintendência Federal de Agricultura (SFA) no Tocantins; e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins (IFTO), campus de Araguatins.