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Foto: Divulgação

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Na próxima sexta-feira, 8 de agosto, a Embrapa e vários parceiros, entre eles o Banco da Amazônia, promovem em Palmas-TO seminário gratuito sobre gestão de resíduos sólidos orgânicos urbanos. A proposta é mostrar tecnologias que ajudam a solucionar as dificuldades dessa gestão e discutir como colocá-las em prática tanto na capital tocantinense como no interior do estado. Para isso, a parceria com a Secretaria da Educação do Tocantins (Seduc) é essencial e já está em andamento.

O evento será na Escola Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso e está dividido em dois painéis de discussão e em um circuito de estações técnicas. O primeiro painel, entre 9h20 e 11h, vai discutir gestão de resíduos e impactos ambientais. Na sequência, entre 11h e 13h, acontece o segundo painel, em que serão abordadas tecnologias de compostagem de resíduos orgânicos. À tarde, de 15h às 17h, os participantes poderão conhecer de perto seis tecnologias simples e eficientes que colaboram para uma gestão mais sustentável de resíduos orgânicos sólidos. E ainda verão em funcionamento um sistema de aquaponia.

O pesquisador Divonzil Cordeiro é o coordenador do evento. De acordo com ele, Palmas produz todo dia cerca de 200 toneladas de resíduos orgânicos. Mas a destinação desse volume é inadequada. Portanto, há todo um trabalho de conscientização e de mudança a ser feito. A proposta é trabalhar também no interior do estado: “estamos convidando gestores municipais para mostrar pra eles que existem alternativas para se trabalhar esse resíduo orgânico e fazer esse resíduo virar renda para muitas famílias. Vamos apresentar tecnologias domésticas, semi-industriais e uma tecnologia industrial”, explica.

Ainda segundo o pesquisador, “existe solução para esse problema sim. A questão é conhecer e ver como é simples o processo. Não é um processo complexo. E, além disso, pode gerar ICMS Ecológico para as prefeituras”. O ICMS Ecológico reconhece e valoriza ações ambientais colocadas em prática pelos municípios por meio de repasse de recursos financeiros. Ou seja, há uma excelente oportunidade de os municípios obterem dois ganhos: um ambiental pela diminuição dos problemas nessa área; e um financeiro pelo reconhecimento a esse esforço.

Trabalho com escolas

A parceria com a escola que sediará o seminário tem sido produtiva e pode servir de referência para o mesmo acontecer em outras instituições de ensino do estado. O público escolar é estratégico para a Embrapa, que “tem essa proposta de trabalhar com as escolas. Até porque nós entendemos que os alunos dessas escolas são os melhores multiplicadores que podemos ter”, contextualiza Divonzil. 

Na Elizângela, relata o pesquisador, “serão oferecidos vários cursos de capacitação no período de dois anos e, se possível, o processo deverá ser contínuo. Essa é a proposta inicial”. Os temas são variados e envolvem, por exemplo, compostagem, plantas alimentícias não convencionais (PANCs) e plantas medicinais. Assuntos e oportunidades de parcerias com escolas não faltam. (Embrapa/TO)