O deputado Paulo Mourão (PT) recebeu em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Tocantins (AL/TO), na tarde dessa quarta-feira, dia 8, uma comitiva de produtores rurais do projeto de irrigação Manuel Alves, coordenada pelo presidente do projeto, o produtor rural Eloi Pillati. Também participaram da reunião o superintendente de Irrigação da Secretaria de Planejamento, Anísio Pedreira e o diretor do Grupo Energisa, Alankardec Moreira. O projeto de irrigação Manuel Alves fica localizado no município de Dianópolis, a 242 km de Palmas.
Os produtores vieram pedir apoio do parlamentar para criação de um fundo, a partir dos recursos que são pagos ao Governo do Estado, provenientes da venda dos lotes do projeto, com a finalidade de ser usado na manutenção e reparos com as estruturas de uso comum por parte dos produtores. “Estimamos que até o final de 2017 iremos pagar ao Governo do Estado R$ 2,5 milhões referentes ao valor das parcelas dos lotes, então nossa proposta é que parte dos recursos sejam destinados a um fundo para ser investido na manutenção do projeto”, explica o coordenador do projeto de irrigação, Patrick Diogo.
Paulo Mourão declarou que dará total apoio à proposta dos produtores rurais porque cria mecanismos de desenvolvimento econômico e social. Ele propôs aos produtores rurais buscar discussão junto ao governo estadual, no sentido propor o projeto de atendimento ao pleito. O parlamentar colocou sua assessoria jurídica à disposição dos produtores a fim de ser formalizada uma proposta a ser apresentada ao governador Marcelo Miranda (PMDB).
Ele entende que pelo menos uma parte dos recursos deve continuar sendo paga pelos produtores para reembolso aos cofres do Estado pelo pagamento dos lotes. A sugestão de Mourão é que dos recursos que forem destinados ao fundo, uma parte seja revertida para a manutenção do projeto e a outra parte seja investida em fundos de capitalização para garantir dividendos que vão alimentar o fundo, evitando que haja falência dos recursos do fundo. A ideia agradou aos produtores rurais que ficaram de formar uma comissão para formalizar a proposta.
Projeto
O projeto Manuel Alves tem área bruta de 20.000 hectares, dos quais 5.000 representam a primeira etapa com a finalidade de promover a produção agrícola irrigada. De acordo Patrick Diogo, desta primeira etapa foram vendidos, através de licitação, 3.900 hectares, sendo que 1.400 hectares estão produzindo. Esta primeira etapa compreende 199 lotes de pequenos produtores, com área de 9 a 14 hectares, e 14 empresariais, com área de 28 a 425 hectares. Mais 113 lotes estão aptos a produzir, sendo 101 de pequenos produtores e 12 empresariais.
As frutas, como banana, manga, abacaxi e maracujá estão entre as principais culturas produzidas no local. Também são produzidos soja, milho e feijão. O cultivo de frutas sofreu uma evolução subindo de 295 hectares em janeiro de 2014 para 1.420 hectares em fevereiro de 2017. A previsão, segundo Patrick, é aumentar para mais 1.700 hectares até o final de 2017.