Quatro centrais sindicais e cerca de 20 sindicatos a elas filiados participaram da mobilização realizada em Palmas (TO), nessa sexta-feira, 31, contra os projetos em tramitação no Congresso Nacional que preveem as reformas da Previdência e Trabalhista, bem como a lei que regulamenta a terceirização do trabalho, aprovada na semana passada na Câmara dos Deputados.
Desta vez, as entidades optaram por uma estratégia de mobilização diferente das anteriores – quando iam às ruas em marcha até a Assembleia Legislativa. Agora, escolheram um local de grande movimentação de pessoas – a feira coberta da Quadra 304 Sul – onde realizaram panfletagens e conversaram com os visitantes e comerciantes sobre os impactos das medidas na vida dos trabalhadores.
“Eu avalio que esta foi a mobilização mais esclarecedora, abrangente e de proximidade com a comunidade que já realizamos”, afirmou o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) no Tocantins, Cleiton Pinheiro. Iniciada às 16 horas, a mobilização se estendeu até às 20 horas. “O que mais chamou a atenção foi perceber que as pessoas ainda não compreenderam o que esses projetos representam. Até agora, ficam os sindicatos argumentando de um lado, o governo do outro e o povo no meio, sem compreender o que está acontecendo. Essa mobilização, com contato direto, possibilita o esclarecimento e percebemos que é uma estratégia que funciona”, afirmou.
A NCST, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) estão organizando um novo ato para a próxima semana. A intenção, conforme Cleiton Pinheiro, é realizar o mesmo trabalho de panfletagem e diálogo na feira coberta da Quadra 1106 Sul (antiga Arse 112), que é a segunda maior feira da Capital e é realizada todas as quintas-feiras.
Parlamentares
Além de falar do impacto das reformas para os trabalhadores, Cleiton Pinheiro disse que a mobilização dessa sexta teve o propósito de pedir apoio da população para cobrar dos deputados federais do Tocantins que votem contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 287 (da Reforma da Previdência). Para tanto, afirmou o sindicalista, os panfletos produzidos trazem a foto de todos os parlamentares. “Pedimos que eles, seus filhos e amigos vão às redes sociais, ou aos outros meios que tiverem, para cobrar dos nossos representantes que rejeitem esse projeto”, frisou.