O subsecretário de Estado da Segurança Pública, Abzair Paniago, e o comandante-geral da Polícia Militar do Tocantins, coronel Glauber de Oliveira Santos, disseram durante coletiva de imprensa para dirimir dúvidas quanto a um suposto desentendimento entre unidades das duas corporações na cidade de Paraíso do Tocantins que “Não existe rompimento entre as polícias Civil e Militar do Tocantins”. A declaração foi feita no final da tarde desta última quinta-feira, 20, na Sala de Imprensa do Palácio Araguaia, em Palmas/TO.
O subsecretário, Abzair Paniago, informou que o cumprimento de um mandado judicial contra dois militares, em Paraíso, está sob sigilo de justiça e, portanto, não poderia falar nada a respeito, mas, ressaltou que não existe nenhuma disputa ou desentendimento entre as polícias Civil e Militar do Estado. “Uma investigação está em andamento e algumas ações foram executadas em cumprimento de ordem judicial e acompanhadas pelo Ministério Público. Se algum eventual excesso tiver ocorrido, será alvo de devida apuração para se levantar as responsabilidades”, garantiu Abzair.
Quanto ao possível clima de tensão gerado entre integrantes das duas polícias, o subsecretário ressaltou que “qualquer ação, ocorrida no interior de unidades, tanto da Polícia Civil quanto da Militar, gera desconforto e possível acirramento momentâneo de ânimos. Mas o importante disso tudo é que os fatos estão sendo apurados e as duas forças estão trabalhando juntas, unidas para solucionar a questão e pela segurança do Estado”, enfatizou.
De igual forma, o coronel Glauber de Oliveira Santos ratificou o posicionamento de união e parceria entre as duas forças policiais. “A Polícia Militar trabalha em constante parceria com a Polícia Civil e estamos apurando tudo o que ocorreu. Caso seja apontado algum comportamento ou ação exacerbada, as providências serão tomadas para se chegar a uma solução”, disse o coronel, ressaltando que um Inquérito Policial Militar foi instaurado para apurar a ação de cumprimento da busca no interior de um setor do 8º BPM em Paraíso. “O IPM [Inquérito Policial Militar] foi instaurado para apurar as condições em que se deu a ação. Isto é um procedimento obrigatório que tenho que adotar por força do Código Penal Militar. O IPM tem um prazo de 40 dias para chegar a um resultado”.
Abzair Paniago adiantou que determinou a vinda, para Palmas, do delegado de Paraíso do Tocantins, para ouvi-lo acerca do que teria supostamente ocorrido no Batalhão e na Delegacia da cidade, como parte dos procedimentos de apuração instaurados.
Entenda
Na última terça-feira, 18, a Operação ‘Fructus Putres” deflagrada pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual cumpriu um mandado de prisão contra um capitão e um sargento da Polícia Militar no 8º BPM que estariam envolvidos em ilicitudes referentes ao tráfico de drogas.
A Federação das Associações de Praças Militares do Estado do Tocantins (FASPRA-TO) chegou a repudiar por meio de nota os procedimentos que foram empregados para o cumprimento do mandado de prisão. Segundo a Faspra, a maneira com que os agentes executaram o mandado de prisão contra os policiais militares foi desrespeitosa e desmedida.