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Saúde

Foto: Nielcem Fernandes

Foto: Nielcem Fernandes

A vacina papilomavírus humano, conhecida como HPV, está no Calendário Nacional de Vacinação como estratégia de saúde pública desde março de 2014 e atua no reforço as ações de prevenção do câncer do colo do útero. Inicialmente, a vacina era indicada só para meninas, mas agora também está disponível para o público masculino. 

De acordo com a gerente de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Rosângela Bezerra, a vacinação, em conjunto com ações para o rastreamento do câncer do colo de útero, possibilita prevenir a doença. “Neste ano, introduziu-se a vacinação à população masculina com o objetivo de prevenir os cânceres de pênis, lesões ano-genitais pré-cancerosas e as verrugas genitais. Além disso, por serem os responsáveis pela transmissão do vírus para suas parceiras, ao receberem a vacina, os homens colaboram com a redução da incidência do câncer de colo de útero e vulva nas mulheres, prevenindo também os casos de cânceres de boca, orofaringe, bem como verrugas genitais em ambos os sexos”, informou a gerente. 

A gerente explica ainda que a vacina HPV é altamente imunogênica, podendo variar de 97% a 99% na produção de anticorpos, depois de completar o esquema vacinal. Contudo, uma única dose da vacina não gera a proteção necessária para prevenir uma possível infecção pelo vírus do HPV. Deve-se finalizar o esquema completo preconizado pelo Ministério da Saúde.

“A vacina são duas doses. Percebemos que na primeira dose conseguimos uma boa adesão, mas quando vai para a segunda, seis meses depois, percebemos uma queda. Vale lembrar que o HPV não é uma campanha, ela é rotina e faz parte do calendário de vacinação”, destaca a diretora de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis, Adriana Cavalcante. 

A vacina para rotina contra o HPV está disponível nas 287 salas de vacina do Tocantins e é indicada para meninos de 12 a 13 anos, 11 meses e 29 dias de idade e meninas de 9 a 14 anos, 11 meses e 29 dias, com o esquema de duas doses para ambos os sexos com intervalo de seis meses após a primeira dose. 

Já para homens e mulheres vivendo com HIV/Aids de 9 e 26 anos de idade  e pessoas submetidas a transplantes de órgãos sólidos, transplantes de medula óssea ou pacientes oncológicos, o esquema vacinal consiste na administração de três doses. 

Baixa procura

Segundo dados parciais da Secretaria de Saúde, em 2016 aproximadamente 16% de meninas foram vacinas e em 2017 foram vacinadas aproximadamente 5%. Já com relação aos meninos, em 2017 uma média de 17% foi vacinada até agora. 

“A baixa procura por parte do público alvo é a situação mais preocupante, pois a vacina contra o HPV é a medida mais importante para a prevenção e controle da doença e apresenta eficácia 95%, além de ser reconhecidamente eficaz e segura. Precisamos que a população busque a imunização para que possamos atingir nosso objetivo”, destacou Rosângela Bezerra. 

Para este ano, a meta é vacinar 85.891 meninos e 30.587 meninas, além de 109 homens e mulheres vivendo com HIV/Aids.