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Estado

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins(DPE/TO) registrou nos últimos dias casos de idosos com problemas graves de saúde e sem assistência médica. Eles necessitam de cirurgias como de aneurisma ou cateterismo, mas tiveram a autorização negada pelo Plansaúde. Conforme os familiares, o motivo alegado pela equipe de atendimento do Plansaúde é a falta de materiais cirúrgicos ou cobertura do Plano. Os familiares buscaram outros planos de saúde e também o atendimento nos hospitais públicos do Estado, mas também tiveram a solicitação negada.

É o caso da aposentada Rosa Tavares Noleto, 78 anos, que descobriu em outubro do ano passado três aneurismas em virtude da dilatação de artéria esplênica (que nutre o baço). O problema foi detectado ao realizar exame de ultrassonografia durante tratamento no estômago, onde o médico orientou a realizar com urgência o procedimento de cateterismo. “A artéria dela está acumulando muito sangue. Caso haja o rompimento, ela corre o risco de morrer. Toda a família está muito angustiada”, alega Jaqueline Tavares Noleto Maciel, filha de Rosa.

Assim como ela, Moacir Alves Chianca também está com dificuldade de assistência médica. Aos 66 anos de idade, ele é portador de um mieloma múltiplo, um câncer que atinge células de medula ósseas. Usuário do Plansaúde, Chianca não consegue a cirurgia pelo Plansaúde e o Estado e a Unimed também se negam a ofertar o procedimento cirúrgico, alegando que está fora da cobertura contratada. A família conseguiu pela Defensoria Pública do Tocantins tutela de urgência, mas até o momento o procedimento não foi realizado.

Diante disso, a DPE-TO entrou com ação judicial para garantir o direito dos idosos usuários do Plano, o Estado foi citado na Ação e a Decisão foi acatada pela Justiça, porém, até o momento não foi cumprida. “São idosos que estão muito mal de saúde e necessitam urgente desses procedimentos cirúrgicos. O Estado e os planos de saúde se negam a oferecer a assistência adequada, então onde eles terão acesso a tal assistência?”, questiona a defensora pública Franciana Di Fátima. Para ela, trata-se de um caso de descumprimento judicial e, por isso, serão adotadas as devidas providências.