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Polí­cia

Fraude em aplicações do Igeprev são alvo de operação da Polícia Federal

Fraude em aplicações do Igeprev são alvo de operação da Polícia Federal Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Fraude em aplicações do Igeprev são alvo de operação da Polícia Federal Fraude em aplicações do Igeprev são alvo de operação da Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira, 27, uma operação intitulada “Naum”. Conforme a PF, a operação tem o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa que operou um esquema de fraudes em aplicações do  Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev) em fundos problemáticos que geraram enormes prejuízos ao Instituto, mediante pagamento de vantagem indevida.

Além do Tocantins,  estão sendo cumpridas medidas judiciais em Goiás, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. A PF afirma que a divulgação de dados incluídos no autos do processo foi vedada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Mandados foram cumpridos na sede do Igeprev, em Palmas. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, os servidores precisaram aguardar a liberação para entrarem no prédio quando chegaram para trabalhar, por volta de 7h30. 

Entre os mandados cumpridos pela Polícia Federal, está o de condução coercitiva do deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM). Ex-secretário de Relações Institucionais na última gestão do ex-governador Siqueira Campos, ele chegou a presidir o Conselho de Administração do órgão. A assessoria de imprensa de Eduardo Siqueira Campos confirmou que ele foi levado pela Polícia Federal para prestar depoimento. O deputado também é alvo de Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público Estadual que questiona a legalidade de aplicações do Igeprev.

Auditorias realizadas pelo Ministério da Previdência Social e Sindicância realizada pelo próprio Igeprev apontam que o Instituto reiteradamente efetuou aplicações em desacordo com os limites e modalidades de aplicação permitidas pela Resolução do Conselho Monetário Nacional, bem como em fundos problemáticos com alto risco de perdas.

Foi apurado um prejuízo ao erário já confirmado de R$ 263.648.310,47. Também foram constatadas aplicações no montante de R$ 1.176.842.671,64 em 27 fundos sem liquidez e com possíveis prejuízos.

 Nome da operação

A investigação é um desdobramento da Operação Miquéias da SR/PF/DF. De acordo com a PF, dentre os profetas menores do velho testamento, Naum vem depois de Miquéias. Assim, o nome da operação foi escolhido para lembrar a relação de sucessão entre as duas investigações.

Depoimento de Eduardo

Por meio de sua assessoria de imprensa,  o deputado Eduardo Siqueira Campos informou que prestou depoimento por quase 9 horas na sede da Polícia Federal e que, ainda está em tratamento  de saúde, o parlamentar não sentiu-se bem durante o depoimento, que só foi encerrado volta das 17 horas. Diante disso, teve que ir direto para sua residência, sem prestar esclarecimentos à imprensa. Tais esclarecimento, afirma a assessoria, serão fornecidos "assim que o deputado estiver restabelecido". 

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Matéria atualizada às 10h41 de 28.06.2017