O atendimento aos pacientes do Pronto-Socorro do Hospital Geral de Palmas (HGP) está comprometido devido ao número insuficiente de profissionais médicos para a escala de plantão de alguns dias do mês de julho, considerando à restrição da quantidade de plantões extraordinários e afastamentos de profissionais por motivos de saúde, segundo a Defensoria Pública do Estado (DPE/TO).
De acordo com a DPE, a informação foi divulgada em circular da coordenação da Clínica Médica do HGP, datada do dia 28 de junho, enviada à Sesau – Secretaria Estadual de Saúde, Diretores Técnicos, Clínico e Geral, e ao CRM – TO.
A coordenação da Clínica Médica relatou ainda que há mais de um ano foi solicitada contratação de profissionais médicos para o setor, tendo em vista o número insuficiente para preencher as escalas. A solicitação foi ignorada pela Sesau e, há vários meses, o subdimensionamento de médicos de plantão em todos os setores da clínica médica do HGP vem cursando com grandes riscos à vida dos pacientes do Hospital.
Segundo a Defensoria, diante da grave situação que coloca em risco a vida das pessoas que dependem desse atendimento e da omissão do Estado em resolver o problema, a DPE/TO, por meio do NUSA – Núcleo de Defesa da Saúde e da 30ª Defensoria Pública da Saúde da Capital, protocolou nessa quarta-feira, 5, Recomendação à Secretaria Estadual de Saúde para que regularize imediatamente a escala de profissionais médicos no Pronto-Scorro do Hospital Geral Público de Palmas, e ainda solicitou o envio da escala de profissionais médicos do pronto atendimento do HGP, do mês de maio, junho e julho. A resposta à Recomendação deverá ser remetida no prazo impreterível de 48 horas.
“A falta de profissionais na unidade pode inclusive causar a morte dos pacientes, por omissão estatal, tendo em vista que estamos lidando com pronto-socorro. A administração tem plena ciência da falta de profissionais, e não adota providências para saná-la, gerando um verdadeiro caos na saúde pública, que inclusive atravessa um dos períodos mais trágicos de sua história”, destacou o coordenador do Nusa, defensor público Felipe Cury.