O empresário e ex-presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Tocantins (Sindposto), Eduardo Augusto Pereira Rodrigues, conhecido por Duda Pereira, se entregou à polícia na manhã desta segunda-feira, 7. Ele é acusado de ser o mandante do assassinado do empresário do ramo de combustíveis Wenceslau Leobas (o Vencim). Considerado foragido há quase quatro meses, quando sua prisão foi decretada, Duda Pereira chegou à Delegacia de Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Palmas, no final da manhã, acompanhado de advogados.
Após prestar esclarecimentos, deverá passar pelo Instituto Médico Legal (IML) e seguir para audiência de custódia na 1ª Vara Criminal de Porto Nacional, quando a Justiça decidirá se aceita ou não o pedido feito na última semana pelo empresário de cumprimento da prisão preventiva no Quartel do Comando Geral (QCG) da Polícia Militar.
O empresário Vencim Leobas foi atingido por um tiro na região do pescoço na manhã do dia 28 de janeiro de 2016, ao sair de sua casa, localizada no centro de Porto Nacional. Ele foi submetido a tratamento médico em Palmas, mas faleceu dias depois, em 14 de fevereiro, em decorrência dos ferimentos.
O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou Duda Pereira como sendo o mandante do crime. Segundo o MPE, o crime teria sido motivado por interesses financeiros, já que Wenceslau Leobas estava instalando um posto de combustíveis em Palmas, onde praticaria preços inferiores aos de seus concorrentes, que entre os quais está Eduardo Pereira.
O Mandado de Prisão Preventiva de Duda Pereira foi expedido no dia 10 de abril pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Porto Nacional, Alessando Hofman Mendes. O pedido de prisão apresentado pelo MPE foi motivado pelo fato de que o acusado teria tentado criar obstáculos à elucidação dos fatos, ao tentar intimidar e aliciar uma testemunha ocular do crime de assassinato. Duas pessoas que se identificaram como mensageiras do suposto mandante do crime procuraram uma testemunha a fim de convencê-la a mudar o depoimento prestado à Polícia Civil, inclusive oferecendo dinheiro para que alterasse sua versão dos fatos. Também com intenção de dificultar a elucidação dos fatos, o suposto mandante teria agindo para tentar imputar a autoria do crime de homicídio a outra pessoa.
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