O descarte de lixo hospitalar e material biológico no Hospital Municipal de Taguatinga ainda não foi recolhido completamente. A previsão da Secretaria Municipal de Saúde é para a próxima sexta-feira, 7. Há uma sala no fundo do hospital com placentas, úteros, órgãos, tecidos humanos e outros resíduos biológicos de cirurgias que são guardados e acumulados em um freezer, mas não são descartados há quase dois anos. O problema foi detectado em vistoria da DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins ainda no mês de maio, realizada pelo coordenador do NUAmac – Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas de Dianópolis, o defensor público Evandro Kappes. Na época, foi elaborado relatório e enviado ofício ao Município com o pedido urgente de providências.
O assunto foi debatido na última quinta-feira, 31, em reunião na sede da DPE-TO – Defensoria Pública de Taguatinga, com a participação da secretária municipal de Saúde de Taguatinga, Sirlene Pereira dos Santos, a coordenadora de atenção básica Fabíola de Oliveira Rodrigues Costa, e o defensor público Evandro Kappes. Além do lixo hospitalar, o encontro debateu outras questões detectadas na vistoria, como falta de material básico para atendimento, equipamentos deteriorados, equipamentos novos que foram adquiridos e não foram utilizados há mais de um ano e climatização nas salas, dentre outros.
Providências
Na reunião, a secretária municipal de Saúde informou que, após a Recomendação da Defensoria Pública, foi providenciado um caminhão que recolheu boa parte do lixo, mas que ainda há resíduo que excedeu a capacidade do transporte. Segundo ela, a previsão de recolher o material restante é para a próxima sexta-feira, 7. Quanto à falta da coleta nos postos do Município, foi informado que não está acontecendo pelo mesmo motivo do lixo hospitalar, que aguarda transporte e está previsto na próxima etapa.
No local há equipamentos novos parados há quase um ano, que não foram instalados porque não cabem nas salas. Quanto ao problema, a secretária informou que está aguardando processo licitatório para dar início à reforma do hospital, o que prevê ainda a instalação dos aparelhos, já que os mesmos não foram instalados por falta de espaço. Os exames do Hospital de Taguatinga são expedidos manualmente, aguardando a cotação de preços para automatizar os sistemas para que os exames sejam impressos.
O encontro debateu ainda a precariedade das ambulâncias e frota de veículos, estrutura deteriorada, falta de profissionais para equipe médica e enfermagem, arquivamento de ficha de pacientes, higiene do espaço e aparelhos quebrados, dentre outras questões.