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Estado

Como parte dos esforços para evitar mais danos ao sistema de abastecimento de água tratada que atende o Setor Jardim Taquari, em Palmas, foi apresentado nessa terça-feira, 5, em reunião entre representantes da BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto, e membros da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) um raio-x dos problemas ocasionados pelas inúmeras ocorrências de furtos de água ocorridas em áreas irregulares no bairro. Entre os principais prejudicados, estão moradores da Quadra T-33 que sofrem com o desabastecimento provocado a partir do consumo irregular proveniente dos crimes.

No encontro, foi detalhado o esforço que vem sendo feito pela empresa para coibir a prática – com a realização de trabalhos de retiradas das fraudes encontradas – além de expor as dificuldades encontradas neste trabalho, que esbarra nas questões de regularização fundiária e de habitação que existem na região.

De acordo com Rodrigo Lacerda, gerente operacional da BRK Ambiental em Palmas, a ocorrência de fraudes no Setor Taquari tem gerado uma série de consequências ao abastecimento das partes regularizadas do bairro, além de acarretar riscos à sociedade. “O furto de água traz consigo, além do crime, outros fatores como a interferência não autorizada nas nossas redes de abastecimento, que ficam muito mais suscetíveis à vazamentos. Além disso, existe o risco de contaminação da água e também a questão do consumo sem consciência que prejudicam a todos”, esclarece.

Audiência Pública

Como sugestão apresentada pela Defensoria para buscar uma forma de resolver os problemas apontados, deverá ser realizada uma audiência pública, no próximo mês, com o objetivo de reunir representantes da comunidade, além de órgãos municipais e estaduais para enfatizar a necessidade de uma solução definitiva para as ocupações irregulares no bairro.

Somente neste ano, mais de 40 milhões de litros de água já foram furtados a partir de fraudes detectadas pela concessionária em áreas irregulares no Taquari. São casos como os ocorridos durante a ocupação de casas populares inacabadas na Quadra T-34, passando por áreas já regularizadas – como a região conhecida como Capadócia – onde mesmo moradores que já contam com o serviço continuam a fraudar o sistema de abastecimento.