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Polí­tica

Foto: Divulgação

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A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira, 11, disse que investidores chineses vêm ao Tocantins, ainda este mês de setembro, para conhecer o potencial de produção agrícola do Estado. A parlamentar esteve naquele país, no início deste mês, a convite da Universidade de Pequim para falar sobre o potencial agropecuário da região do Matobipa, que compreende os Estados do Tocantins, Piauí, Maranhão e Bahia.

“A China não é qualquer país, a China é o país do dinheiro, dos investidores. Muita gente tem dinheiro e quer investir fora da China e o Brasil é um atrativo, porque a China consome muito alimento e eles sabem que o Brasil é aprazível e apropriado para a produção de grãos sem nenhum problema. Temos uma visita agendada, agora para setembro. Eles virão conhecer o Matopiba, sobretudo o Tocantins. Vamos levá-los para conhecerem as fazendas, apesar de estar seco agora por causa do período fora da chuva, mas nós temos grandes rios que podem produzir com irrigação”, defendeu.

Agroindústria

Kátia, que preside a Federação da Agricultura do Estado do Tocantins (Faet), também falou sobre as dificuldades que o setor da agroindústria do Estado está passado. “Nós, às entidades de classe, temos que falar muito sério sobre a industrialização do Tocantins, porque as poucas indústrias que têm no Estado estão fechando. A Granol, em Porto Nacional, por exemplo, fechou por falta de produto. O produto está sendo escoado para fora do Tocantins e não sobra para esmagar. Nós estamos perdendo no mínimo 300 empregos naquela empresa” informou.

A presidente da Faet ainda refletiu sobre o pedido de redução da alíquota do ICMS do boi vivo, de 7% para 4% para comercialização fora do Estado. “Claro que o imposto quanto menos melhor, mas qual a consequência disso? Eu não posso pensar em curto prazo, eu preciso pensar em médio e longo prazo, porque o sonho dos produtores era que as empresas frigoríficas viessem para o Estado. Agora que estamos com as empresas frigoríficas aqui nós vamos abrir para o boi gordo ir abastecer os frigoríficos de outros Estados? É claro que o preço não pode dá prejuízo para o produtor, mas nós temos que negociar isso internamente. Sentar produtores e frigoríficos para estudar qual é a diferença de pauta que está causando transtornos. Resolvemos os problemas é com diálogo e não fazendo a pior das intenções que é o caminho da desindustrialização do Estado. Nós não temos condições morais de fazer isso com os tocantinenses. Nós queremos é atrair empresas para gerar empregos para os tocantinenses”, defendeu.

Eleições 2018

Mais uma vez a senadora disse que é pré-candidata ao Governo do Estado e assumiu que “somente Deus impedirá sua candidatura. “A única coisa no mundo que pode impedir a minha candidatura é Deus ou se nas pesquisas eu aparecer com 2% ou 5%. Se a população não me quer eu não vou forçar a barra”.

Fundo partidário

A parlamentar assumiu que é contra e vai votar contra o Fundo Partidário, que está sendo discutido no Congresso Nacional. “Vou votar contra se o Fundo Partidário for um dinheiro novo. Eu não sou hipócrita preciso de dinheiro para a campanha, mas sobre qualquer custo e preço não! Eu não voto à favor de tirar um bilhão, 2 bilhões de dentro do dinheiro da União. O dinheiro já está todo destinando, baste olhar o orçamento, não sobra dinheiro pra nada, não adianta falsificar, mentir, porque vão querer com isso tirar dinheiro da saúde, da educação. Sou a favor do fundo partidário, sou contra o fundo público e contra o financiado privado, por que não tira das emendas parlamentares? ” questionou, reforçando que não aceita retirar dinheiro da saúde para financiar campanha eleitoral.