O Tocantins está no topo quando o assunto é monitoramento quantitativo das bacias hidrográficas entre todos os estados brasileiros. De acordo com dados da rede hidrometeorológica nacional divulgados pela Agência Nacional das Águas (ANA), o estado obteve nota de 97,1% de desempenho no monitoramento de chuva, vazão e nível de reservatórios por meio das Plataformas de Coleta de Dados (PCD’s).
A média é a maior do país e representa o período de doze meses entre outubro de 2016 e setembro de 2017. De acordo com a medição da ANA, que avalia todos os estados mensalmente e anualmente, uma nota acima de 90% já é considerada muito boa. Só no mês de setembro a nota do Tocantins foi de 99%, o que demonstra que as PCD’s instaladas em pontos estratégicos de diversas bacias hidrográficas do estado coletaram os dados com extrema precisão.
O resultado, segundo atribui o diretor de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Aldo Azevedo, se deve a dois fatores: a dedicação da equipe de hidrometeorologia da pasta e o investimento correto da cota anual repassada pelo Programa de Consolidação do Pacto Nacional pela Gestão das Águas (Progestão) para o setor. O Progestão é um programa de incentivo financeiro aos sistemas estaduais para aplicação exclusiva em ações de fortalecimento institucional e de gerenciamento de recursos hídricos.
O diretor explica que a equipe atua constantemente em campo realizando monitoramento, coleta de dados, limpeza e calibração das plataformas em atividade no estado. Ele comenta a evolução do trabalho no Tocantins, o que resultou na primeira colocação nacional. “Nós recebemos da ANA os mesmos equipamentos e investimentos que todos os outros estados recebem. A diferença é que investimos o recurso do Progestão, de R$ 750 mil por ano, não apenas no custeio do trabalho, mas também em material permanente”, ressalta. De 15 estações inicialmente fornecidas pela ANA o Tocantins ampliou a rede e possui 41 PCD’s atualmente.
O trabalho de monitoramento quantitativo tem como objetivo observar alterações no volume de água dos corpos hídricos com dados gerados em tempo real que são enviados à Sala de Situação da Semarh e simultaneamente à ANA. Para isso, contam com três veículos, barco e equipamentos de última geração, como as sondas multiparâmetro.