Uma moradora de Palmas/TO realizou nesta última segunda-feira, 6, no Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), a entrega voluntária de três jabutis, sendo duas fêmeas e um macho.
Conforme Alda Silveira, ela e o esposo compraram os animais para evitar que os mesmos fossem abatidos. “Nós estávamos na região de Taquaruçu, quando vimos pessoas em um murmurinho. Foi quando escutamos o pessoal falar que iria comer os animais como tira gosto”, relatou.
Para evitar a morte dos bichos, o esposo de Alda comprou os animais. “Na ocasião, meu esposo pagou R$ 100 em dois deles. O outro, ele ganhou de um conhecido”, explicou.
De acordo com a supervisora de Fauna do Naturatins, a veterinária, Grasiela Pacheco, a entrega voluntária de qualquer animal silvestre permite que os mesmos ganhem uma segunda chance de voltar para o meio ambiente natural.
“A retirada de um indivíduo da natureza não representa apenas um a menos, e sim a perda da continuidade daquela espécie que deixa de se reproduzir, diminuindo as populações resultando na extinção local”, observou.
Os jabutis foram encaminhados ao Centro de Fauna (Cefau), quando ficarão um período em observação e posteriormente serão soltos novamente a natureza, local de onde nunca deveriam ter sido retirados.
Jabuti é a designação comum utilizada no Brasil, para duas espécies de répteis providos de carapaça. São animais exclusivamente terrestres e nativos da América do Sul. São do gênero Chelonoidis, da ordem dos quelônios, da família dos testudinídeos. As duas espécies de jabuti distribuídas no Brasil são a Chelonoidis carbonaria (jabuti-piranga, o mais comum) e a Chelonoidis denticulata (jabuti-tinga). A fêmea dos jabutis é chamada jabota.