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Estado

Foto: Nielcem Fernandes Delegada da mulher, Maria Haidê Alves, representou o secretário de Estado da Segurança Delegada da mulher, Maria Haidê Alves, representou o secretário de Estado da Segurança

O IV Fórum Estadual sobre Violência Sexual teve abertura nesta quarta-feira, 8, no auditório do Palácio Araguaia, em Palmas. Alguns dos assuntos abordados nesta quarta-feira são: o perfil epidemiológico da violência sexual no Tocantins, ética profissional no atendimento à pessoa em situação de violência e impactos da violência sexual na saúde.

Para a delegada da mulher, Maria Haidê Alves, que na ocasião representou o secretário de Estado da Segurança Pública, Cesar Simoni, “é maravilhoso saber que existe uma rede de atendimento as vítimas de violência sexual no Tocantins. Qualquer um de nós pode sofrer uma violência sexual. É importante que multipliquemos saberes e consigamos dar uma resposta satisfatória para as mulheres, idosos e crianças que sofrem tanto”.

O subsecretário de Estado da Saúde, Marcus Senna, ressaltou que muitas pessoas que dependem do emprenho no serviço e nas investigações no Tocantins. “Os nossos serviços de atendimento às pessoas vítimas de violência são de excelência, de vanguarda, temos o orgulho de contar com um atendimento humanizado e eficaz”.

O subsecretário lembrou que o serviço está em pleno funcionamento atualmente em três hospitais, no Hospital e Maternidade Dona Regina, no Hospital Infantil de Palmas e Maternidade Tia Dedé em Porto Nacional e que deve ser ampliado em breve nas oito regiões de saúde do Estado, cada região contará com um hospital de referência para atendimento à população.

Cadeia de Custódia

Para o subsecretário Marcus Senna implantação da Cadeia de Custódia é uma realidade e o Tocantins está à frente de todos os Estados nesse projeto que deve ser implantado nos três hospitais que já existe o serviço de atenção as vítimas de violência até dezembro desse ano.

“A cadeia de custódia é a coleta e a guarda dos vestígios da vítima para ser mais efetiva a busca do ofensor que será implantada no próprio hospital e vai evitar a revitimização da pessoa, para que ela não peregrine entre diversos locais e conte a mesma história a fim de fazer uma denúncia” explicou.

Ainda segundo o gestor, os profissionais de saúde já foram capacitados para coleta de vestígios e estão agora na fase de elaboração do fluxo das equipes que vão ser incorporadas. “É melhor que eles façam o fluxo. A maioria dos equipamentos que serão utilizados estão em fase de compra” destacou.

Dados

No evento, o enfermeiro Dante Francisco representante da Organização Pan Americana, demonstrou o perfil epidemiológico violência sexual no Tocantins. Palmas, Araguaia e Gurupi são as cidades que mais contabilizam violência contra a mulher no Tocantins. Os números preocupantes demonstram que até setembro desse ano, foram registrados mais casos do que no ano passado inteiro.  Ainda segundo os dados, a faixa etária mais acometida é de 12 a 19 anos.

Serviços  

O SAVI do Hospital Infantil de Palmas, conta com uma equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e farmacêuticos, em atendimento 24 horas, todos os dias da semana. Situado no Hospital Infantil Público de Palmas (HIPP) tem sido referência no atendimento a crianças em situação de violência sexual, física, psicológica e negligência.

Já o Serviço de Atenção Especializada às Pessoas em Situação de Violência Sexual (Savis), situado no Hospital Dona Regina (HMDR), é referência para atendimentos à pessoa em situação de violência sexual de ambos os sexos, 24h por dia. Entre os atendimentos está a medicação em tempo oportuno, no período máximo de 72 horas, para que sejam evitadas contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

O fórum segue até esta sexta-feira, 9, com programação ao longo do dia.