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Polí­cia

A Justiça julgou procedentes seis denúncias criminais propostas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e condenou Jacir G., 64 anos, suposto líder espiritual, e sua comparsa Josiane de S. G., 34 anos, pelos crimes de estupro de vulnerável. Segundo as investigações, as vítimas, residentes em Porto Nacional e Nova Rosalândia eram violentadas quando estavam a sós com Jacir, sob o pretexto de acompanhamento espiritual. Uma delas, uma criança de oito anos de idade, foi abusada durante quatro anos.

De acordo com a denúncia criminal, em alguns casos Jacir se aproveitava da confiança dos pais das vítimas com quem tinha amizade para cometer os abusos. Já em outros, Josiane de S. G. enganava as famílias para que deixassem as meninas lhe acompanhar e levava as crianças de Nova Rosalândia, local onde residia, até o município de Porto Nacional, para que Jacir cometesse os estupros.

As vítimas, crianças de oito, 11 e 12 anos, relataram que foram abusadas diversas vezes, por meio de conjunção carnal e atos libidinosos. Um dos artifícios para mantê-las caladas era por meio de ameaças de que faria algo contra seus familiares.

Para ficar sozinho com a criança, o “curandeiro” alegava que estava fazendo o acompanhamento espiritual, utilizando-se desse argumento para levá-las ao ambiente isolado e escondido, ocasião em que se aproveitava para cometer os crimes.

Pelos seis processos criminais de estupro de vulnerável, o Juiz Wellington Magalhães condenou Jacir a uma pena que, somada, chega a 65 anos de reclusão. A pena imputada a Josiane chega a 38 anos de prisão. Em ambos os casos, as penas serão cumpridas inicialmente em regime fechado. (MPE/TO)