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Campo

Foto: Elmiro de Deus

Cerca de 300 pessoas entre alunos de escolas agropecuárias, técnicos e produtores, participaram do Dia de Campo sobre o uso Sustentável do Biodigestor, como uma das alternativas para geração de energia limpa e ainda na produção de fertilizantes em propriedades rurais, realizado nesta última quinta-feira, 23, no Colégio Agropecuário de Natividade, Sudeste do Estado.

O biogás, energia gerada pelo biodigestor promete ser mais uma fonte de geração de energia sustentável no Tocantins. Em pleno funcionamento, o biodigestor implantado no Colégio Agropecuário terá capacidade para gerar 50 metros cúbicos de biogás e três litros de biofertilizantes por dia, suprindo a necessidade do gás e energia, gerando uma redução de custo em torno de 30% a 40% nos gastos do Colégio.  

Em seu discurso, o subsecretário da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária, Ronison Parente, disse que, projeto como este, é uma forma de produção sustentável, pois além de produzir gás, limpa os resíduos não aproveitáveis de uma propriedade agrícola. “É uma alternativa viável, pois temos que avançar com práticas sustentáveis mais modernas, reduzindo os custos na energia, gás e preservando o meio ambiente”, disse acrescentando que projeto como este precisa chegar às comunidades e propriedades rurais.  

O químico e especialista em engenharia agrícola e palestrante do evento, André Amaral, fez uma explanação sobre “propriedades e aplicação do biofertilizante na suinocultura”, mostrando as vantagens e as alternativas do uso sustentável. “O biofertilizante orgânico é um produto que além de reduzir gastos, produz alimentos mais saudáveis, sem agredir a natureza”, enfatizou.  

Participantes

A presidente da Associação de Produtores Rurais do Projeto de Assentamento Jacubinha, Maria Divina Cordeiro, vê o projeto biodigestor como uma alternativa de melhoria da qualidade de vida na comunidade. “É uma tecnologia promissora, principalmente para nós que vivemos no campo, pode nos garantir a energia e o gás, e assim, mudar a nossa realidade”, argumentou.

Para a técnica agrícola, moradora de Natividade, Adriane Dias Araújo, ideia como está é fundamental para a transferência de tecnologia, principalmente para pequenos produtores. “É muito importante, pois mostra que é possível criar alternativa de energia limpa, além de incentivar as comunidades o aproveitamento de resíduos e, promover a geração de renda”, disse.

Redução

O coordenador do curso de zootecnia do Colégio Agropecuário, Fábio Santos, explica que a geração do biogás já está surtindo os efeitos econômicos, diminuindo os custos no Colégio. O gás utilizado na cozinha, por exemplo, é produzido no projeto. “Com isso temos uma economia em torno de R$ 1.500 por semana, uma média de R$ 5 mil por mês”, ressaltou.