A Polícia Civil por intermédio da delegacia seccional de Augustinópolis/TO, deflagrou na tarde desta última quinta-feira, 14, a “Operação Agente Duplo”, que culminou com a prisão em flagrante de Cícero P. da C., agente penitenciário e candidato a vice-prefeito de Augustinópolis nas eleições passadas, pela prática do crime de corrupção passiva. A operação aconteceu sob a coordenação dos delegados de polícia Thyago Bustorff e Jacson Wutke.
Segundo os delegados responsáveis pela operação, a Polícia Civil recebeu denúncia anônima no sentido de que havia um agente penitenciário recebendo propina para levar drogas, aparelhos celulares e outros objetos para dentro do estabelecimento prisional e uma mulher, vinda da cidade de Imperatriz/MA iria à cadeia pública levar materiais de higiene para um dos detentos e, em seguida, se encontraria com o agente público para repassar, dentre outros, um celular, ceguetas e uma broca, que seriam utilizados para facilitar a fuga de detentos ligados à facção criminosa intitulada PCC.
De posse das informações, policiais civis realizaram uma campana em frente ao presídio da cidade, aguardando a chegada de uma mulher com as características repassadas pelo denunciante e, ao constatar sua saída da cadeia pública, foi realizado monitoramento e acompanhamento tático do veículo utilizado pela suspeita, que foi ao encontro do agente público, que a aguardava em um bar da cidade.
Segundo as informações, em um carro à paisana estacionado a poucos metros do local do encontro, teria sido possível aos policiais civis acompanhar toda a ação criminosa e, no momento em que foram repassados os possíveis objetos ligados ao crime, parte da equipe policial realizou a abordagem tática e busca pessoal do suspeito, encontrando em seu poder R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais), que teria sido recebido a título de propina e estava em um dos bolsos da calça, além de uma caixa de sapato que continha um aparelho celular, dois carregadores, duas ceguetas, uma broca de furadeira.
Os policiais afirmam que também encontraram diversos papéis com supostos números telefônicos de integrantes da organização criminosa e prestações de contas da criminalidade e, uma vez constatada a materialidade, foi dada voz de prisão, adotando-se os procedimentos cabíveis.
Atualmente o acusado exercia o cargo de técnico da Defesa Social, tendo tomado posse no referido cargo no mês de abril deste ano.