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Saúde

Foto: Divulgação

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O Janeiro Roxo tem o objetivo de reforçar o compromisso de controlar a hanseníase, além de promover o diagnóstico e o tratamento correto da doença, a mobilização busca também desfazer preconceitos que muitas vezes prejudicam o diagnóstico preventivo da doença. O dia mundial da campanha acontece sempre no último domingo do mês de janeiro, sendo lembrado em 2018, no dia 28 e têm como tema escolhido pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) “Todos contra a Hanseníase”.

Para a assessora da hanseníase, da Secretaria de Estado da Saúde, Suen Oliveira Santos, além de alertar a população, o dia mundial de combate a hanseníase é importe também para os profissionais de saúde. “O dia mundial de combate a hanseníase é uma data importante para atentar os profissionais de saúde e gestores quanto a necessidade de desenvolver ações que integrem a mobilização e a assistência como estratégia para ampliar a detecção de casos de hanseníase. E assim alertar a população quanto aos sinais e sintomas, tratamento e importância de examinar os contatos”, disse.

Nos dias 21 e 22 de janeiro será realizado um mutirão de cirurgias no Hospital Geral de Palmas (HGP) e Hospital Regional de Paraíso. Do dia 29 janeiro ao dia 3 de fevereiro, o HGP vai intensificar as consultas ambulatórias de hanseníase, com sete consultórios atendendo casos exclusivos de hanseníase.

No dia 29 de janeiro será lançado o Plano de ação para enfrentamento da doença, que segundo a assessora da hanseníase, abrange toda a linha de cuidado do paciente. “Ele abrange desde a atenção básica (porta de entrada) onde é feito o diagnóstico, acompanhamento, tratamento do usuário, perpassando pela média e alta complexidade, vigilância em saúde, informação, comunicação e educação”, disse Suen.

No dia 6 de fevereiro o Estado do Tocantins irá receber a carreta da NOVARTIS disponibilizada em parceria com o Ministério da Saúde, com um laboratório de diagnóstico da hanseníase e distribuição de remédio para o tratamento da doença. A carreta vai passar por municípios para reforçar o diagnóstico da doença.

Dados

Em 2016, o Tocantins teve um total de 1585 casos diagnosticados no Estado, sendo 1327 casos novos. Os municípios que mais apresentaram casos foram: Palmas, Araguaína, Gurupi, Paraíso, São Valério da Natividade, Porto Nacional, Colinas, Guaraí, Santa Fé do Araguaia e Augustinópolis.

Já em 2017, o Tocantins apresenta um total de 1.411 casos diagnosticados, sendo 1.144 casos novos. Os municípios que apresentam maior número de caos até o momento são: Palmas, Araguaína, Santa Fé do Araguaia, Paraíso do Tocantins, Porto Nacional, Gurupi, Colinas, Recursolândia, Almas e Marianópolis.

Detecção e Tratamento

A hanseníase é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória, que tem como agente etiológico o Mycobacterium leprae. A doença acomete principalmente pele e nervos e sua transmissão se dá pelas vias aéreas superiores por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível (com maior probabilidade de adoecer) com uma pessoa doente sem tratamento.

A doença tem cura, e todo o tratamento é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  A investigação dos contatos domiciliares e sociais das pessoas acometidas pela doença é a principal estratégia para a interrupção da cadeia de transmissão.