A reconstrução do trecho da Rodovia TO-080 será feita em uma ação conjunta coordenada pelo Governo do Estado, por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto), Exército Brasileiro, e Prefeitura de Marianópolis. O trecho foi interditado devido às fortes chuvas que atingiram o Estado desde o início do mês. Até a finalização das obras, um desvio de aproximadamente 20 quilômetros foi aberto e está sendo mantido pela Ageto.
O trecho interrompido está localizado a aproximadamente 150 quilômetros da Capital, no sudoeste do Estado, entre os municípios de Marianópolis e Divinópolis. Com a intensificação do período chuvoso, um bueiro sobre um corpo hídrico intermitente chegou a se romper devido o volume excessivo de água, destruindo cerca de 20 metros de rodovia e interrompendo o tráfego.
Tão logo soube do ocorrido, o governador Marcelo Miranda acionou o Ministério da Defesa, para que o Exército Brasileiro pudesse fazer uma obra de emergência para garantir o tráfego pela rodovia. O governador também fez uma consulta ao Banco Mundial solicitando que parte dos recursos contratados no âmbito do PDRIS (Programa de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável) sejam aplicados na solução definitiva do problema.
A instituição entendeu e aprovou o pleito do governador e a Ageto já está abrindo processo para a realização da licitação, nos moldes do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). No local será construído um bueiro triplo celular, com capacidade para suportar a vazão da água no período chuvoso, e garantir o tráfego com segurança.
Para o governador Marcelo Miranda, todo o efetivo estadual está mobilizado para a liberação imediata da rodovia. “A TO -080 é uma importante via de tráfego de grãos e de acesso à Ferrovia Norte-Sul, além de dar acesso à população no duplo sentido da rodovia Belém/Brasília à região do Vale do Araguaia”, afirmou.
Reunião
Na última quarta-feira, 21, uma reunião de alinhamento em Marianópolis definiu as responsabilidades e ações que devem ser tomadas para a liberação da rodovia. A previsão é que em 20 dias o trecho será previamente liberado. Segundo o sargento Cleiton Rosa Vasconcelos da 23ª Companhia de Engenharia de Combate do Exército, uma equipe composta de 30 homens e um comboio de 13 veículos e maquinários estará se deslocando do estado de Goiás para realizar os trabalhos. No local será instalada uma estrutura móvel semelhante a uma ponte para liberar o tráfego até o fim do período chuvoso.
De acordo com Wesley Figueiredo Santos, supervisor da Ageto da Residência de Paraíso, desde o último dia 08, data do incidente, o órgão está realizando os trabalhos interruptos de sinalização e manutenção do trecho de uma estrada vicinal que foi desviado. “Estamos com maquinários e homens trabalhando no local o tempo que for necessário, até a finalização das correções na rodovia, que devem ocorrer tão logo o período chuvoso termine no Estado”, afirmou. Ainda de acordo com o supervisor, para a reconstrução do trecho está previsto a instalação de uma galeria celular tripla de concreto para a passagem do volume de água em épocas de chuva.
Decreto
Segundo o gerente do Centro de Monitoramento da Defesa Civil, major bombeiro Cássio de Sousa Pedro, um pedido de decreto de Declaração de Estado de Emergência foi emitido, permanecendo no aguardo do reconhecimento do Governo Federal. “A Defesa Civil já realizou uma vistoria no local e estaremos acompanhando todas as etapas desta operação”, afirmou.
Para o prefeito de Marianópolis, Isaías Piagem, o apoio do Governo do Estado está sendo de grande importância durante esta etapa. “Não só a Ageto e a Defesa Civil, mas todo o Governo está empenhado em nos ajudar a solucionar este problema. Inclusive as despesas de hospedagem e alimentação do efetivo do Exército o Governo, juntamente com a empresa VLI responsável pela Ferrovia Norte-Sul estão nos apoiando”, esclareceu.
Chuvas
De acordo com o meteorologista José Luís Cabral, o período chuvoso no Estado deverá se estender até mais 45 dias. Cabral ressaltou ainda que aquela área entre os municípios de Marianópolis e Divinópolis é propícia a alagamentos devido aos corpos hídricos presentes na região. “No Tocantins é comum haver grandes precipitações em curtos espaços de tempo. Isso pode ocasionar enchentes e alagamentos em algumas regiões”, explicou.