Ocorreu na sede do Parque Estadual do Cantão (PEC), município de Caseara, no último sábado, 24, reunião com o objetivo de avançar nas pesquisas referentes ao estoque pesqueiro da região da Bacia do Rio Araguaia. O encontro foi promovido pelo superintendente de Gestão Ambiental do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Natal Cesar Castro, com a presença do supervisor do Parque, Adailton Glória, e os representantes do Instituto Araguaia de Proteção Ambiental, os pesquisadores George Georgiadis e Silvana Campelo.
Para o superintendente Natal Castro, a reunião foi muito produtiva e teve como proposta reforçar a parceria existente com o Instituto Araguaia de maneira que a instituição aprofunde e avance nos estudos referentes ao estoque pesqueiro da região do Cantão. “O Naturatins possui um Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto e com a portaria 72, a proposta é verificar a presença das espécies, que tamanhos prevalece e se aumentou ou diminuiu o estoque de peixes”, considerou.
A ecotóna Silvana Campelo lembra que o Instituto Araguaia realizou uma pesquisa no Parque e entorno e verificou que as espécies de tucunaré e pirarucu estão com populações em declínio. Para ela esta queda também ocorre com o pirarucu na bacia do Rio Araguaia.
“Em razão desse estudo, o Naturatins promoveu uma ampla discussão, e em posse de dados existentes, estabeleceu a cota zero no Estado”, declarou e completou ainda “Acreditamos que esses três anos será o tempo necessário para repovoar os rios e dessa maneira ter peixe para as populações ribeirinhas e também para as pessoas alimentar-se do peixe às margens dos rios”, defendeu.
Na visão da pesquisadora Silvana, o repovoamento das espécies irá fomentar a economia, já que a categoria pesque e solte, tem se mostrado uma excelente economia nas regiões onde ela é praticada.
O superintendente Natal Castro explica que o Instituto Araguaia irá buscar a captação de recursos com instituições como o Boticário e outras para se fortalecer, no sentido de que, nestes três anos, sejam aprofundados os estudos. Ele disse que o Naturatins também vai buscar outras instituições para abranger o Grupo de Trabalho (GT), existente no órgão.
“A decisão da prorrogação ou não da cota zero no Tocantins, vai depender dos resultados desses estudos. Também vamos contar com a parceria dos pescadores profissionais”, revelou.
Conforme o supervisor do Parque Estadual do Cantão, Adailton Glória, a reunião deste sábado na sede do Parque Estadual do Cantão foi fundamental para definir estudos que provem se houve ou não aumento na quantidade e qualidade do pescado da região. “Somente depois da análise da pesquisa saberemos se a portaria 72, será prorrogada ou não”, reforçou o supervisor.