Será realizada nesse sábado, 21, a II Roda de Capoeira Angola de Miracema, às 13h30 no auditório do Câmpus da Universidade Federal do Tocantins (UFT). O evento terá recepção e abertura cultural, seguida de mesa-redonda, exposições e debate. Às 16h, no Bairro Novo Horizonte, terá início a Roda “Jogando capoeira angola: quebrando preconceitos”. O evento marca o final do projeto de extensão que já ocorre há um ano e meio, cujo nome é o mesmo da Roda.
Segundo o professor Rafael Leal Matos, que faz parte do projeto, o evento articulado ao ensino, à pesquisa e à extensão e busca debater o preconceito racial, além de “levar as pessoas para a universidade através da prática da capoeira”.
O estudante Diego Alves Pereira é angoleiro e participa da realização do projeto, segundo ele a capoeira é uma forma de resistência e afirmação. O Acadêmico conta ainda que “as pessoas veem capoeira e acham que capoeira é tudo a mesma coisa, mas não é. Capoeira, existe capoeira angola, capoeira regional e capoeira contemporânea. Nós praticamos capoeira aqui na UFT e é como uma forma de continuar a mesma resistência dos escravos”.
O bairro visitado é periférico e a Roda tem parceria com outros grupos angoleiros, como o grupo “Meu quilombo é de Angola”, da UFT de Porto Nacional, o grupo “Capoeira Angola: por uma descolonização do saber”, de Palmas e que está em processo de institucionalização e o grupo “Capoeira só Angola”, que também é de Palmas, mas não possui vínculo.
A organização do evento também pertence às disciplinas de Educação, História e Cultura Afrobrasileira, todas do Câmpus de Miracema, além do Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares da África e dos Afrobrasileiros (Neaf).