As dificuldades em proceder a investigações de crimes cometidos por militares, principalmente crimes contra a vida, foram assunto de uma reunião realizada nesta última quarta-feira, 15, entre o Grupo Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gecep) do Ministério Público Estadual e a Polícia Civil do Estado do Tocantins.
Os conflitos de atribuições na investigação de crimes cometidos por policiais militares em serviço, principalmente crimes contra a vida, foram o foco das discussões entre promotores de Justiça e delegados da Polícia Civil. Os delegados apontam que há casos em que a própria Polícia Militar tem atuado nos procedimentos, fato que na maioria das vezes prejudica as investigações.
Os promotores de Justiça, Roberto Freitas, Fábio Lang e Rafael Alamy apontaram a possibilidade de um entendimento entre as duas polícias, de modo que as corporações possam desempenhar procedimentos comuns, permitindo que os crimes dolosos contra a vida recebam a investigação, isenção e tramitação adequada. Desta forma, o problema seria resolvido administrativamente, sem a necessidade de judicialização. Uma nova reunião para dar prosseguimento ao assunto será realizada no início do mês de outubro.