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Polí­cia

Explosão abriu um buraco muro da CPP; presos não conseguiram fugir

Explosão abriu um buraco muro da CPP; presos não conseguiram fugir Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Explosão abriu um buraco muro da CPP; presos não conseguiram fugir Explosão abriu um buraco muro da CPP; presos não conseguiram fugir

A Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju) informou nesta terça-feira, 30, que um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) está sendo instaurado para apurar como os explosivos utilizados para explodir parte do muro da Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP) entraram na unidade.

A secretaria não deu detalhes de como a entrada deste material poderia ser viabilizada, entretanto, um PAD é um instrumento utilizado para apurar possíveis responsabilidades por parte de servidores públicos em infrações praticadas no exercício de suas funções. O que leva a crer que agentes públicos tenham facilitado a entrada do material.

A Seciju também não deu informações a respeito do prazo para conclusão deste procedimento e não informou também quantos presos teriam tentado fugir da unidade.

Tentativa de fuga

Detentos do pavilhão A da CPP de Palmas explodiram o muro da unidade para tentar uma fuga em massa por volta das 21h desta terça-feira, 29. Segundo nota enviada pela Polícia Militar do Tocantins, os presos foram impedidos pelas forças de segurança antes que conseguissem sair da unidade.

Os detentos foram contidos, revistados e encaminhados de volta às celas que não foram danificadas pela explosão. A polícia também fez rondas nos arredores da CPP para se certificar de que não havia nenhum fugitivo solto. Ninguém ficou ferido na ação.

Casos

A tentativa de fuga na CPP ocorre em um momento em que ainda é muito recente a tensão causada pela fuga em massa de 28 presos do Presídio Barra da Grota em Araguaína no início do mês de outubro. A situação acende novamente o alerta para a fragilidade do sistema prisional do estado.

Há quase um ano, em novembro de 2017, 20 presos também explodiram o muro e conseguiram fugir da CPP de Palmas. Alguns nunca foram recapturados.

Há 10 dias dois detentos foram esfaqueados no mesmo pavilhão. Um deles morreu. A CPP abriga uma quantidade de presos acima de sua capacidade. Segundo a Seciju, a unidade, que teria espaço para apenas 280 presos, já abriga mais de 700.

No dia 17 de outubro o Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, esteve em Palmas e comentou que há negociação em aberto para a aparelhagem das forças policiais no Estado, bem como para o aperfeiçoamento do treinamento dos homens da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros para garantir melhor desempenho em situações de rebelião ou fuga no Estado.