As primeiras 1.000 máscaras artesanais produzidas na Casa de Prisão Provisória (CPP), de Palmas, começam a ser distribuídas à população carcerária e aos servidores do Sistema Penitenciário tocantinense. Na tarde desta última terça-feira, 14, o secretário de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), Heber Fidelis, esteve no gabinete do governador Mauro Carlesse para apresentar a qualidade das peças produzidas na unidade prisional. A iniciativa é mais uma ação de prevenção e combate ao novo Coronavírus Sars-Cov-2, causador da Covid-19.
O governador Mauro Carlesse aproveitou o encontro com o secretário da Seciju, para agradecer aos servidores envolvidos na ação de confecção de máscaras. "Com certeza essas peças serão de grande ajuda na luta contra a Covid-19. Neste momento tão difícil é muito satisfatório ver incentivo e trabalhos assim sendo desenvolvidos em prol da prevenção dessa doença", ressaltou.
O secretário da Seciju, Heber Fidelis, informou ao governador que o objetivo é ampliar este serviço junto aos presos da CPP de Palmas. "Temos planos de aumentar a produção de máscaras durante a pandemia, e após isso, transformar a unidade fabril da CPP em uma fábrica de confecção de uniformes e peças que possam servir dentro da própria gestão da unidade. Além de remir a pena, a proposta é também ensinar novas práticas laborais”, disse.
A próxima meta de produção na CPP da Capital é a confecção de outras 1.500 máscaras faciais já para a próxima semana. As peças são confeccionadas com meltbow, um tecido filtrante, encapado por TNT médico-odonto-hospitalar, conforme orienta a Resolução RDC nº 356, publicada no último dia 23, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária que dispõe sobre os requisitos para a fabricação.
Programa Novo Tempo
Os trabalhos de fabricação das máscaras artesanais na CPP de Palmas, iniciados no dia 27 de março, integram as ações do Programa Novo Tempo, que visa a atender as políticas de remissão de pena e ressocialização por meio do trabalho.
No primeiro dia de atividades na unidade fabril, o reeducando J.F, 27 anos, que está entre os quatro detentos que trabalham na confecção das máscaras faciais disse que, “já tinha trabalhado numa fábrica de roupas tirando as linhas, e agora estou bem animado em aprender a costurar e com isso poder atuar numa nova área de trabalho e voltar para a sociedade com uma profissão e quem sabe já com um emprego”, vislumbrou.