A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), por meio do Núcleo das Minorias e Ações Coletivas (Nuamac) de Gurupi, município localizado a 230 Km de Palmas, promoveu uma reunião com representantes do Banco do Brasil (BB) visando o restabelecimento de serviços bancários em Alvorada (323 Km da Capital) e Peixe (310 Km). O encontro entre ambas as instituições foi realizado no último dia 29, na sede da DPE-TO em Gurupi.
A iniciativa do Nuamac Gurupi em promover esta reunião foi motivada pelas constantes procuras de consumidores, de ambas as cidades afetadas, se queixando da suspensão de serviços bancários, alegando falta de suporte tanto no atendimento quanto no autoatendimento, que envolve caixas eletrônicos que possibilitem saques de dinheiro.
Para o coordenador do Nuamac Gurupi, defensor público Leandro Gundim, a suspensão vem causando transtornos e prejuízos à população e ao próprio comércio local: “A falta do serviço prejudica a população em geral, principalmente as pessoas carentes que precisam gastar o pouco que ganham para deslocarem-se até as cidades vizinhas para sacar dinheiro do salário ou da aposentadoria. Além disto, esta falta de dinheiro prejudica o comércio local, comprometendo a economia dos municípios, visto que ao se deslocarem para outras cidades da região, as pessoas terminam consumindo produtos e serviços, movimentando o comércio de lá”, destacou.
Alternativa proposta
Durante a reunião, a instituição financeira informou que “em decorrência de roubos nas agências destes municípios, o Banco do Brasil suspendeu a prestação do serviço de saque de dinheiro”. Como alternativa de solução para o caso, o BB propôs oferecer à população o serviço de saque com o dinheiro local; ou seja: os valores oferecidos para saque são aqueles depositados pela própria população, principalmente pelo comércio local.
De acordo com os representantes do Banco do Brasil, “esta prática já vem sendo utilizada em algumas cidades do interior do Estado e visa afastar a ocorrência de possíveis assaltos nas agências, já que o volume de dinheiro é pequeno”. Eles reforçaram, ainda, que “tal prática vem sendo implantada juntamente com a criação de um Conselho de Segurança nos municípios”.
Sobre a alternativa proposta, Leandro Gundim afirmou que todas serão avaliadas até que seja encontrada uma solução definitiva para o caso. “Inicialmente, vamos buscar uma solução administrativa, nos reunindo com autoridades locais e com a instituição financeira em busca de uma resolução definitiva para o problema. Todas as possibilidades serão avaliadas para que haja um desfecho ágil e positivo para os consumidores que estão sendo lesados”, afirmou o defensor Público.