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Estado

Foto: Divulgação

Ainda no início da semana, ocorreu a reunião entre Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Tocantins (Sindifiscal) e o secretário Estadual da Fazenda, Sandro Henrique Armando. Enquanto auditores aguardavam do lado de fora do gabinete, de frente para o secretário, a diretoria do sindicato elencava os itens da pauta de reivindicações. Após a audiência, a categoria se reuniu e deliberou por permanecer em estado de mobilização, retomando as ações em frente ao prédio da Sefaz na próxima segunda-feira (10), quando Armando se comprometeu a apresentar respostas para cada um dos itens discutidos.

Durante o encontro, o secretário respondeu sobre a desatualização do Ressarcimento de Despesas da Atividade Fiscal (Redaf), se comprometendo a fazer o levantamento dos valores dos retroativos de 2017 e 2018 e apresentar reposta sobre a viabilidade do pagamento.

Desvio de Função e Progressões

Outra definição em resposta ao sindicato, foi a publicação de uma portaria para regulamentar a atividade do auditor no âmbito da Secretaria da Fazenda e desmistificar a ideia de desvio de função por parte daqueles que exercem funções de planejamento e execução de ações e políticas tributárias no Estado. De acordo com Sandro Henrique Armando, a portaria foi assinada e já teve encaminhamento à Casa Civil para a publicação.

Segundo o chefe da pasta, após a publicação da portaria, será concluído o processo de avaliação e iniciado o processo das progressões pendentes desde maio de 2017. (As progressões não têm impacto financeiro, já que a categoria está limitada pelo teto constitucional)

Auditores e Administração Tributária

A participação dos auditores fiscais em todas as instâncias da administração tributária também foi pautada pelos sindicalistas. "Membros da categoria, altamente capacitados para atuar em áreas especificas como o planejamento das ações de combate a sonegação, estão sendo pouco aproveitados porque não há condições favoráveis ao desenvolvimento dessas funções”, ponderou o presidente João Paulo Coelho.

“Além das gratificações desproporcionais ao que se paga no restante do país, a categoria sofre os efeitos do abate teto”, ressaltou Coelho. Por isso, o sindicato solicitou que a remuneração de cargos complexos no Fisco seja de caráter indenizatório.

Armando acenou positivamente à disposição do Sindifiscal em participar do planejamento estratégico da pasta, acompanhando a implantação de organismos como o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Estado do Tocantins (Cira), que vai intensificar o combate à sonegação no Estado, por meio da ampliação de ações conjuntas entre as secretarias da Fazenda, da Segurança Pública, Administração Penitenciária, Ministério Público Estadual, e Procuradoria Geral do Estado, com foco na execução fiscal e responsabilização dos envolvidos nos âmbitos administrativo, cível e criminal.

Segurança e Condições de Trabalho

Em resposta ao presidente do sindicato que ressaltou a insegurança vivida por auditores fiscais que não dispõe do auxílio policial nas ações de fiscalização, Armando disse que a implantação de um novo sistema para possibilitar aos policiais militares atuarem junto ao Fisco, fora de suas escalas, já é uma ideia trabalhada pelo governador.  

Na próxima segunda-feira, a entidade encaminhará ao secretário cópia do projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa para permitir que policiais da reserva atuem em proteção ao Fisco. “Assim o Estado analisará as duas possibilidades”. Frisou Coelho.

Lei Orgânica

Outro ponto discutido foi a necessidade de organizar a Administração Tributária, definindo prerrogativas e atribuições de cada função no âmbito da Sefaz, com a aprovação da Lei Orgânica do Fisco.

João Paulo Coelho ressaltou que a proposta inicial precisa ser adequada, e que o Sindifiscal irá apresentar ao secretário um novo projeto que tratará exclusivamente da organização da Administração Tributária, adequando a propositura ao modelo ideal.

À categoria, o presidente do Sindifiscal reforçou que: “permanecemos mobilizados e convocando a categoria a participar de nossos atos. Nada está resolvido ainda. Conseguimos ser ouvidos e agora insistiremos pela implementação de cada direito devido aos auditores fiscais”, concluiu o presidente da entidade.