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Polí­cia

Na foto acusado posa com camiseta com frase irônica:

Na foto acusado posa com camiseta com frase irônica: "sou o melhor pai do mundo!" Foto: Reprodução/Facebook

Foto: Reprodução/Facebook Na foto acusado posa com camiseta com frase irônica: Na foto acusado posa com camiseta com frase irônica: "sou o melhor pai do mundo!"

O julgamento de Allan Moreira Borges, acusado de matar a professora  Heidy Aires Leite Moreira Borges, foi adiado por determinação do juiz Jordam Jardim. O julgamento estava marcado para esta quinta-feira, 14, e, de acordo com o magistrado, a participação de duas testemunhas que não foram localizadas pela justiça é indispensável ao julgamento.

Uma das testemunhas é um perito que atuou nas investigações e já está aposentado, de modo que não foi possível intimá-lo no local de trabalho - o instituto de criminalística. A justiça também não tem informações sobre o novo endereço do perito.

A outra testemunha também é perita, mas mora no estado de São Paulo. A intimação da mesma deve acontecer por carta precatória, que não foi devidamente cumprida. Ambas as testemunhas foram arroladas pela defesa de Borges que pediu o adiamento do julgamento.

Julgamento

O novo julgamento foi marcado para daqui a 3 meses, no dia 18 de junho. Além das testemunhas citadas acima, a defesa de Borges também já indicou para prestar depoimento no plenário do júri o ex-namorado de Heidy, o representante comercial Leandro de Brito Nunes, a filha do casal Giovana Aires Moreira Borges e o representante comercial Mairon Cesar Sanches Parente.

Já o Ministério Público pediu ao juiz que junte no processo uma certidão atualizada sobre os antecedentes criminais de Allan, além de determinar uma pesquisa atualizada na rede Infoseg sobre outros antecedentes criminais do acusado e indicou como testemunhas a educadora Elanne Rocha, que trabalhava com a vítima, o irmão dela e sua cunhada, Natanael Leite Lima e Marla Ellen Tavares Cedro.

O caso

Heidy Aires foi assassinada em 2014 a facadas em sua residência. O ex-marido, Allan Borges é acusado pelo crime e foi sentenciado a júri popular em julho de 2016 por homicídio duplamente qualificado, praticado por motivo torpe (ciúmes por suspeita de traição da esposa) e sem possibilitar defesa à vítima.

Heidy e Allan teriam reatado o casamento no ano de 2013 após 4 anos de separação, período no qual ela teria namorado Leandro Nunes. Segundo o Ministério Público, o acusado teria descoberto que a professora e o ex-namorado ainda mantinham contato e premeditou o crime.

Allan levou os dois filhos para Gurupi e atacou a mulher enquanto ela dormia. Heidy tentou escapar dos ataques, mas foi encontrada morta dentro de casa por colegas da escola onde trabalhava. No corpo da vítima foi encontrado material genético de Allan.

Para a família de Heidy, que aguardava o julgamento com ansiedade, o adiamento foi uma infeliz surpresa. Os parentes realizaram na manhã de hoje uma manifestação em frente ao Fórum de Palmas para protestar pelo adiamento.

Para dona Maria do Amparo leite Oliveira, mãe da vítima, conta que muitos parentes vieram de outras cidades e estados para acompanhar o julgamento e foram surpreendidos. “Não avisaram nada, não comunicaram. Estamos revoltados porque já esperamos por justiça há quatro anos”, protestou.