A Câmara Municipal de Palmas/TO, em reunião extraordinária, nesta sexta-feira, 15, reabriu os trabalhos relativos às investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga as aplicações financeiras relacionadas ao PreviPalmas. A Comissão tem por objetivo apurar e, finalmente, concluir se houve dano ao erário público municipal. Nesta nova fase - que deverá ser encerrada em 05/05/2019 - a presidência será exercida pelo vereador Milton Neris (PP), tendo como vice, o parlamentar Vandim do Povo (DC), além dos membros, Gerson Alves (PSL), Tiago Andrino (PSB) e Laudecy Coimbra (SD). Já os suplentes serão os vereadores Major Negreiros (PSB), Folha (PSD), Moisemar Marinho (PDT), Jucelino Rodrigues (PTC) e Etinho Nordeste (PTB).
O presidente da Comissão, sugeriu, colocou em votação e foi aprovado, por unanimidade, que o horário das reuniões ordinárias da CPI, ocorrerão às 14 horas de todas as segundas-feiras. Também ficou definido que os membros farão visitas institucionais, visando buscar o apoio de outros entes públicos. “Defininos aqui uma agenda institucional, para buscar o apoio do Tribunal de Justiça e esclarecer algumas dúvidas que a gente tem em relação à convocação e ao cumprimento dessas convocações por parte dos envolvidos diretamente nesse problema do Previpalmas”, afirmou Neris.
Já a vereadora Laudecy Coimbra, foi escolhida como relatora da CPI e ressaltou que a finalidade da Comissão não é perseguir ninguém e sim esclarecer o que foi feito com o dinheiro da previdência dos servidores do município de Palmas. “O que queremos saber é onde foi parar o dinheiro do Previpalmas, procurar uma forma de dar essa resposta à sociedade e descobrir o que fizeram com o dinheiro do Instituto. É necessário procurar uma forma de tentar reaver esse dinheiro e com isso ter o menor prejuízo possível para os servidores. A nossa única intenção é essa”, enfatizou Laudecy.
Convidado por Neris e presente à reunião, o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Palmas, Heguel Albuquerque, destacou que os dois pontos principais que preocupa os servidores no momento são: os recursos que foram desviados na ordem de 50 milhões e a efetiva responsabilização dos envolvidos no processo. O representante dos servidores também se mostrou preocupado com a gestão do Instituto. “O presidente do Previpalmas poderia ser um servidor efetivo do órgão, obviamente gabaritado para a função, inclusive, ao ser indicado ter que passar por uma sabatina aqui na Câmara para que os vereadores verifiquem a capacidade técnica desse profissional”, sugeriu Albuquerque.
Os membros da CPI irão definir, no próximo encontro, um cronograma de visitas aos órgãos: Tribunal de Justiça, Superintendência da Caixa Econômica, Justiça Federal e Estadual, Delegacia Geral de Policia de Palmas, além do Ministério Público, em âmbito Federal e Estadual.