No último fim de semana - domingo, dia 17 - o helicóptero da Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) foi utilizado para socorrer uma mulher que sofreu um AVC na cidade de Nova Rosalândia, a cerca de 120 km de Palmas.
O serviço da aeronave foi acionado pelo Samu para prestar socorro à mulher de 41 anos. O helicóptero pousou na BR-153 para fazer o resgate da vítima. As polícias civil e militar deram suporte à operação, inclusive interrompendo o tráfego na rodovia para que o resgate pudesse ser feito.
Uma vez dentro do helicóptero, a paciente chegou ao Hospital Geral de Palmas (HGP) em 18 minutos, onde recebeu atendimento médico a tempo e passa bem. Por terra o trajeto entre Nova Rosalândia e a capital levaria cerca de 1h45, o que poderia agravar a situação da paciente.
Entretanto, o mesmo tipo de atendimento não parece ser oferecido a todos as vítimas de algum problema de saúde que precisam de atendimento médico com urgência na rede pública de saúde.
O Conexão Tocantins questionou à SSP o motivo de por quê este tipo de atendimento somente parece ser realizado em casos específicos e se a aeronave possui estrutura para fazer o deslocamento de pacientes. A secretaria respondeu à solicitação da reportagem e informou que uma portaria do Ministério da Saúde, entre outras normas, autoriza o uso da aeronave em apoio ao socorro médico. “A aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) é operada por equipe multimissão, em apoio às atividades das polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e de entidades governamentais e de Defesa Civil, que contemplam desde o policiamento ostensivo e investigativo, ao salvamento, combate a incêndios e transporte aeromédico de enfermos e órgãos humanos, conforme previsão, dentre outros instrumentos, do Código Brasileiro Aeronáutico, do Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica n. 91 e da Portaria 2.048, do Ministério da Saúde”, esclareceu.
A SSP também informou que, entre os critérios para decidir pelo uso do helicóptero em socorro às vítimas, estão o estado de saúde do paciente e o tempo de deslocamento até o local de atendimento médico em decorrência da distância. O atendimento dos casos, segundo a Secretaria, é definido pela Central de Regulação Médica, composta por equipe especializada, e que, além de tripulação, a aeronave mantém a bordo médico e enfermeiro, que levam os equipamentos necessários à realização da missão.
“Atualmente, a grande maioria destes atendimentos é feita com a intervenção do Samu de Palmas, com o qual a SSP mantém acordo de cooperação”, finaliza a nota da secretaria.
A SSP não informou no entanto o número de atendimentos deste tipo que já foram realizados com apoio do helicóptero do Ciopaer.