Cerca de 1000 servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada estão reunidos em frente ao prédio do INSS em Palmas em um protesto contra a Reforma da Previdência do Governo Federal em tramitação no Congresso. A mobilização desta sexta-feira, 22, é nacional e organizada pelas centrais sindicais.
Segundo Cleiton Pinheiro, presidente da Nova Central Sindical no Tocantins (NCST), o ato em defesa da previdência é uma mensagem dos trabalhadores aos deputados federais e senadores pela não aprovação da reforma. “Estamos mandando um recado, os trabalhadores do Tocantins não querem que os parlamentares tocantinenses votem a favor da reforma da previdência. O problema da previdência a falta de fiscalização do que empresas, estados e municípios devem e não do trabalhador. Não podemos pagar a conta”, ressaltou.
Em Palmas também não houve aulas na rede pública de ensino. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet) convocou os profissionais para a manifestação. Também foram registrados protestos e manifestações em outras cidades do estado.
Único parlamentar a se declarar totalmente contrário à reforma da previdência em todos os seus pontos, o deputado federal Célio Moura (PT) participa do ato em Palmas nesta sexta-feira.
Moura disse que o Governo Federal pretende acabar com a previdência social. “É um absurdo o governo federal querer acabar com a previdência social, tirar da constituição e privatizar. Hoje o Brasil inteiro está se manifestando contra a reforma. Se Deus quiser ela não passará no Congresso Nacional”, declarou.
Reforma
Entregue ao Congresso pelo próprio presidente Jair Bolsonaro (PSL) a reforma da previdência foi dividida em duas: uma para os trabalhadores civis e outra para os militares, que só foi entregue um mês depois do projeto que muda a regra para os trabalhadores comuns - na última quarta-feira, 20.
O projeto de reforma da previdência para as carreiras das forças armadas foi uma exigência do Congresso que avisou ao Poder Executivo que só iniciaria a tramitação da reforma após a apresentação do texto.
Uma vez entregue, a tramitação inicia-se oficialmente. O rito normal seria passar inicialmente pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e posteriormente pela comissão especial, que ainda não foi criada, e na qual a proposta poderá receber emendas que podem mudar o texto. Por último o projeto é votado no Plenário da Câmara em dois turnos. Se aprovado, segue para o Senado.
A expectativa do Governo Federal é de que a reforma da previdência seja aprovada ainda neste primeiro semestre.