O presidente da CPI o Previpalmas, Milton Neris (PP), disse ao Conexão Tocantins que ainda não sabe se o ex-prefeito de Palmas Carlos Amastha (PSB) será novamente convocado a prestar depoimento na comissão após a oitiva do ex-presidente do Previpalmas Max Fleury nesta terça-feira, 21.
Pouco esclarecedor e cheio de lacunas, o depoimento de Fleury demonstrou que o ex-gestor não tinha capacidade e preparo para administrar o instituto de gestão previdenciária dos servidores públicos de Palmas. O despreparo de Fleury foi notado pelos parlamentares que o criticaram.
A vereadora e membro da CPI, Laudecy Coimbra (SD), chegou a perguntar a Fleury como ele definiria a atitude do ex-prefeito em nomear uma pessoa tão despreparada para um cargo tão importante. Já Lúcio Campelo (PR) disse que Fleury nunca seria gestor em uma eventual administração municipal de sua responsabilidade.
Diante das críticas dos parlamentares surgiu a possibilidade de que a comissão pudesse convocar novamente Amastha para esclarecer porque, afinal, nomeou um gestor sem preparo algum para o Previpalmas. Neris no entanto disse que a convocação não é uma certeza e que “as peças do quebra-cabeças parecem já se encaixar” e que, portanto, não há necessidade de ouvir novamente testemunhas anteriores.
Amastha prestou depoimento à CPI do Previpalmas em novembro do ano passado quando a comissão ainda era presidida pelo então vereador e agora deputado estadual Júnior Geo (Pros). O depoimento de Amastha foi marcado por respostas esquivas e terceirização de responsabilidades na gestão do Previpalmas.
Na avaliação de Milton Neris, o depoimento de Fleury, apesar de vago, foi fundamental para ligar as pontas da investigação promovida pela CPI. “A última peça principal que faltava era ele. Eu acredito que ele seja muito mais esperto que o ele tentou demonstrar ontem na CPI, mas, ainda assim, é fato que ele não faria tudo sozinho”, disse o presidente sugerindo que as possíveis irregularidades não poderiam ter sido planejadas por apenas uma cabeça.
Neris disse ainda que restam ser ouvidas algumas testemunhas, entre elas administradores dos fundos Cais Mauá e Tercon onde o dinheiro do instituto foi aplicado.