Uma das empresas investigadas na Operação Walking Dead da Polícia Civil parcelou os valores sonegados à Receita Estadual em 60 vezes e irá devolver R$ 4,2 milhões aos cofres públicos do estado.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o acordo foi feito legalmente e o inquérito policial ficará suspenso até o pagamento total da dívida.
“Em razão das investigações da segunda fase da operação "Walking Dead", os representantes legais de uma loja de departamentos da região Norte do Estado aderiram ao programa de parcelamento de dívidas tributárias com a Fazenda Pública Estadual - SEFAZ/TO e vão recolher R$ 4,2 milhões de reais aos cofres públicos. Os valores serão recolhidos em 60 meses e reforçarão o sistema de arrecadação tributária do Estado”, informou a pasta nesta segunda-feira, 22.
“A empresa investigada pela Polícia Civil estava registrada em nome de uma mulher, falecida em 2010, e que tivera os seus documentos utilizados para alterações no contrato social, a fim de auferir valores que deveriam ser recolhidos em impostos”, afirmou o delegado Vinícius Mendes.
Operação
A Operação Walking Dead foi deflagrada no último dia 18 com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na prática de crimes de falsificação de documentos públicos e particulares, falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no desvio de valores que deveriam ter sido recolhidos no comércio de grãos e bebidas.
Um dos alvos foi um auditor fiscal da receita estadual em Araguaína que, segundo a polícia civil, comandava o esquema. Contadores, empresários, intermediários e "laranjas" também teriam se beneficiado do crime.