Estamos no mês mais conhecido como Agosto Dourado, considerado o mês de incentivo ao aleitamento materno. Muito além de nutrir, amamentar é um momento de interação profunda entre mãe e filho. O bebê que recebe o leite materno tem maior desenvolvimento cognitivo e emocional e é protegido contra infecções.
Mas existem muitos mitos sobre o aleitamento e para sabermos quais são eles conversamos com a pediatra da Secretaria de Saúde de Palmas (Semus), Gecilda Ramalho, para que as mamães possam aproveitar esse momento da melhor maneira com seu bebê.
Comer canjica e tomar cerveja preta ajuda na produção de leite?
A descida e a produção do leite dependem do estímulo de sucção do bebê. Outros dois fatores fundamentais são o descanso e a hidratação da mãe.
Os mamilos devem ser higienizados a cada vez que o bebê for mamar?
Não, é importante que a mãe tenha hábitos de higiene adequados como banho diário, lavando a mama com água e sabonete e esteja sempre com o sutiã limpo e seco. Para manter a pele hidratada, é recomendável passar um pouco do próprio leite na aréola e no mamilo.
Existe leite fraco?
Não existe leite fraco, toda mulher é capaz de produzir o leite que seu bebê precisa e na quantidade certa.
O bebê pode ficar mal acostumado se não tiver horários para mamar?
Não, a orientação do Ministério da Saúde é que a amamentação deve ser oferecida sempre o bebê desejar.
Quem tem prótese de silicone não pode amamentar?
Não há nenhum impeditivo para o aleitamento, geralmente nas cirurgias desse tipo, não há manipulação de ductos com incisão na região da aréola.
O leite materno não é suficiente para hidratar o bebê?
A composição do leite materno tem quantidade de água adequada para manter o bebê hidratado durante os seis primeiros meses, período em que a Organização Mundial da Saúde recomenda aleitamento exclusivo, por isso não ofereça água ou chá à criança.
Preciso amamentar pelos os dois seios a cada mamada?
O importante é que a mãe dê tempo suficiente para o bebê esvaziar adequadamente o primeiro seio, caso esvazie uma mama por completo e a criança ainda deseje mamar, a mãe pode oferecer a outra mama. Na próxima mamada, o recomendado é oferecer o seio que não foi oferecido na mamada anterior ou ofereça o que o bebê mamou por último, caso tenha sido ofertado as duas mamas.