Discussão acalorada na Assembleia Legislativa do Tocantins (AL-TO), nesta quinta-feira, 22, levanta a preocupação de deputados em aceitar esclarecimentos dos fatos solicitados pelo deputado declarado independente, professor Júnior Geo (PROS) sobre a situação do Plano de Assistência à Saúde do Servidor (PlanSaúde). Parlamentares estiveram presentes para votar contra comparecimento de secretários para esclarecer situação na Casa de Leis, cuja função, teoricamente, é fiscalizatória.
Incomodados com o áudio e a credibilidade das acusações, deputados da situação do Governo alegaram não poder se basear em redes sociais para realizar denúncias. Geo defende que a presença dos secretários, segundo seu pedido, não se baseia apenas em áudios, mas em uma sequência de fatores já levantados anteriormente e pelo histórico de problemas publicamente conhecidos na execução do Plano.
Já o deputado Valdemar Júnior (MDB) apresentou um requerimento também convocando o secretário de Administração do Tocantins, Edson Cabral e o diretor do Plansaúde, Ineijaim José de Brito Siqueira, acrescido posteriormente da convocação de Geo para o Secretário Extraordinário de Parceria Público Privada, Claudinei Aparecido Quaresmim, sob a alegação da necessidade de esclarecer um “áudio que circula nas redes sociais sobre um suposto esquema de corrupção do PlanSaúde”, afirmou em fala na sessão ordinária em que foi discutido o assunto.
“Lembro aos pares que o que me motivou inicialmente a solicitação não foi apenas em função do áudio, o áudio foi apenas um complemento. Nós tivemos o descredenciamento de um hospital, nós tivemos regras de credenciamento onde hospitais construídos em menos tempo teriam maior pontuação, o que gera dúvida. Se assim tivéssemos um Albert Einstein em Palmas, que foi construído há décadas, esse hospital não poderia estar credenciado. Então o que motiva direcionar dessa forma? Nós tivemos o cancelamento do atendimento que já foi denunciado por mim aqui nesta tribuna, de hospitais aqui em Palmas, onde um desses hospitais afirmava não estar atendendo, o outro dizia apenas por clínico geral, que por especialista não estavam atendendo o PlanSaúde”, destacou Geo.
Geo havia apresentado dois requerimentos escritos e um verbal meses antes da disseminação de áudios sobre o assunto. Um requerimento sobre a contratação, atendimento e execução; outro questionava a ausência de atendimentos de hospitais, outro questionava o rompimento divulgado em nota pelo Hospital Oswaldo Cruz e, por último, o pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para que tenha acesso a informação que não obteve pelos pedidos anteriores.
O professor Júnior Geo lembrou ainda que há um conjunto de fatores e de não atendimento à sociedade pelos servidores que pagam o Plano. “Isso que me motiva a entender o que está acontecendo com o PlanSaúde. O áudio foi apenas um complemento que veio e foi utilizado como embasamento por parte dos pares. Eu não estou apontando, pelo contrário, quero tirar o apontamento, mediante o esclarecimento das dúvidas”, ressaltou Geo.