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Cultura

Foto: Emerson Silva

Foto: Emerson Silva

O músico Leandro Macedo volta ao Theatro Fernanda Montenegro, no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho, para uma nova apresentação pelo projeto Quarta Clássica, da Fundação Cultural de Palmas. O show tem início às 20 horas, os ingressos valem R$ 20,00 e R$ 10,00 (meia) e podem ser adquiridos antecipadamente no Espaço Cultural (Cine Cultura e Centro de Criatividade) e no Ermenilde Restaurante (Quadra 205 Sul Avenida Lo 05).

O espetáculo conta com produção musical do maestro Fábio Geriz, que também estará no piano e violão, Vinícius Albuquerque no contrabaixo, Fábio da bateria, Shello no pandeiro, Professor Gustavo na cuíca e Ramiro Madruga no banjo e no surdo. As cantoras Mara Rita e Dágila Saboia farão participações especiais.

No palco, Leandro apresentará uma seleção de alguns dos maiores sucessos de  Alcione, Bete Carvalho, Clara Nunes, Dona Ivone Lara, Leci Brandão e Jovelina Pérola Negra.

As divas

Conterrânea de Leandro Macedo e uma de suas primeiras referências femininas no samba, a maranhense Alcione nasceu em São Luís e teve contato com a música desde a infância. O pai era professor de música, tocava na Banda da Polícia Militar e com ele aprendeu a tocar vários instrumentos de sopro. Sua primeira apresentação profissional foi aos 12 anos, na Orquestra Jazz Guarani. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1972, onde começou cantando na noite e buscando apresentações em programas de calouros e hoje soma cerca de 40 discos, participação em sete filmes, seis indicações ao Grammy Latino, sendo vencedora em 2003, na categoria Melhor Álbum de Samba/Pagode

A carioca Beth Carvalho (1946-2019) é considerada uma das maiores intérpretes do samba. Iniciou sua carreira cantando bossa nova, mas logo se rendeu ao samba e, desde que começou a fazer sucesso, nos anos de 1970, ajudou a revelar diversos artistas, como Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Almir Guineto e Arlindo Cruz. Gravou 39 discos e quatro DVDs, além de receber seis indicações ao Grammy Latino e ganhar dois, sendo um deles como Prêmio Especial – Conquista de toda uma vida, em 2009.

A também carioca Clara Nunes (1942-1983) também figura como uma das maiores e melhores intérpretes do país, e reconhecida como uma pesquisadora do folclore brasileiro e seus ritmos musicais, com forte influência afro-brasileira. Foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam discos. Em vida, a cantora vendeu 4,4 milhões de discos, entre 18 álbuns (um ao vivo). Participou ou foi tema de 12 coletâneas e ainda quatro tributos.

Conhecida como a Grande Dama do Samba, Dona Ivone Lara (1922-2018) nasceu no Rio e sempre teve contato com as escolas de samba, em especial a Império Serrano. Era formada em enfermagem e serviço social e somente após a aposentadoria, em 1977, passou a se dedicar inteiramente à música. É autora de grandes sucessos interpretados por grandes nomes da música brasileira, como Sonho Meu, famosa com Maria Betânia. Sua discografia soma 17 discos e dois “Sambabooks”.

Com sua voz rouca e forte, Jovelina Pérola Negra (1944-1998), “pastora da Império Serrano”, ajudou a consolidar o pagode. Era tiete do “partideiro” Bezerra da Silva, e começou a cantar seus pagodes em um clube da Baixada Fluminense, levada pelo amigo Dejalmir, que também lançou o nome Jovelina Pérola Negra, homenagem à sua cor reluzente. Gravou cinco discos individuais conquistando um Disco de Platina. Atualmente são encontradas apenas coletâneas com sucessos como Feirinha da Pavuna e Bagaço da Laranja.

Nascida no Rio em 1944, Leci Brandão fecha esse seleto grupo de homenageadas pela importância no samba. Começou sua carreira no início da década de 1970, tornando-se a primeira mulher a participar da ala de compositores da Mangueira. Gravou 26 obras, entre LPs, CDs, DVDs e compactos, além de registrar participações em filmes e novelas e como comentarista dos Desfiles das Escolas de Samba, do Rio e São Paulo, transmitidos pela Globo.