O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, e os diretores das 12 escolas cívico-militares já implantadas no Estado reuniram-se, nesta terça-feira,5, no Palácio Araguaia, para discutir as mudanças na forma de ingresso dos novos alunos, anunciadas na última semana, e reafirmaram que o modelo de ensino e a disciplina implantados permanecerão. Também participaram da reunião, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jaizon Veras Barbosa, e o secretário-chefe da Casa Militar, coronel Silva Neto.
“Essa reunião é para reforçar que o modelo implantado nos colégios cívico-militares permanece o mesmo. As diretorias das escolas continuam as mesmas, assim como a disciplina e o modelo de ensino. A única mudança é a forma de ingresso do aluno na escola, pois nossa intenção é dar oportunidade para todos que sonham em estudar em uma escola com esse modelo militar e hoje não podem. Por isso, vamos aumentar as vagas e ampliar o número de escolas. Atualmente temos 12 e vamos chegar a 33 escolas cívico-militares nos próximos anos”, afirmou o governador.
Sobre a mudança da nomenclatura das escolas, passando a se chamarem cívico-militares, o governador Mauro Carlesse informou que trata-se apenas de uma adequação ao modelo implantado pelo Governo Federal, mas que não altera em nada internamente. “É apenas um alinhamento com o Governo Federal visando a captação de recursos para investir nessas escolas e fortalecer esse modelo. Os uniformes também não vão mudar”, esclareceu.
O governador Mauro Carlesse ouviu os diretores sobre a necessidade de implantação de um Regimento Interno específico para as escolas cívico-militares, com o objetivo de implementar regras que oficializem o modelo disciplinar adotado nas unidades. “Vamos sentar com todos os envolvidos e discutir para encontrar a melhor forma. Que a escola necessita ter esse regimento para ser fortalecida está claro e o que tiver ao nosso alcance terá o meu apoio”, reforçou o Chefe do Poder Executivo.
Escolas fortalecidas
Ao final da reunião, os diretores das 12 unidades reforçaram que entenderam as mudanças implantadas e vão trabalhar para esclarecer aos pais e alunos que não há motivos para preocupação. “Ficamos bastante satisfeitos porque tivemos a clareza e a certeza que a rotina interna das nossas unidades não vai mudar. Nossos regulamentos vão continuar e ainda vão ser fortalecidos e a nossa mensagem aos pais e alunos é que fiquem tranquilos. Já tivemos experiências com e sem processo seletivo com bons resultados nas duas situações, o que nós temos que manter é o regimento interno da escola e toda filosofia que é aplicada, que também está mantida, e os resultados vão aparecer”, afirmou o diretor da Unidade I de Palmas, major PM Miron.
O diretor da unidade de Araguaína, major PM De Sousa, também afirmou a satisfação com os esclarecimentos da reunião e a possibilidade da ampliação do número de vagas em Araguaína. “Ficamos satisfeitos em levar essa notícia, pois o Governador nos garantiu que não haverá mudanças significativas nas nossas escolas, onde mantém a proposta do regimento interno aprovado, que é o “cerne” da unidade de ensino cívico-militar. O Governador também sinalizou para que fizéssemos ampliações no número de vagas no ensino fundamental e médio na região, que é uma reivindicação da comunidade de Araguaína e que será atendida”, declarou.
O diretor da unidade de Gurupi, capitão PM Nascimento, reforçou que as mudanças não afetam a forma de trabalho e os resultados esperados permanecem os mesmos. “Como foi debatido aqui e acordado, muda somente a questão da nomenclatura, mas o posicionamento dentro das escolas continua o mesmo, a forma de trabalho continua a mesma, procurando sempre desenvolver melhor o nosso trabalho e formar um cidadão melhor para nossa sociedade”, reforçou o diretor.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jaizon Veras, também declarou a manutenção do formato implantado e que tem apresentado bons resultados ao longo destes 10 anos do modelo compartilhado com a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), e destacou que a presença da Polícia Militar nas escolas tem auxiliado na formação de uma sociedade mais pacífica. “A Polícia Militar busca cada vez mais, dentro da sua atividade de manutenção da ordem pública, ter esse trabalho mais próximo da sociedade dentro das escolas, visando formar cidadãos com o intuito da pacificação social e da prevenção da criminalidade”, finalizou.